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 | Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
| Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Amadeu Puppi, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, no Paraná, está interditada desde o último dia 12. Sete pacientes internados na unidade morreram no início da primeira quinzena deste mês pela contaminação de três tipos diferentes de bactérias e outras complicações clínicas. A UTI está sendo reformada e deve reabrir até a próxima sexta-feira.

As bactérias presentes eram a acinotebacter, pseudômonas e klebisiella. Três pacientes que vieram transferidos de outros hospitais estavam contaminados e infectaram mais três pacientes. O sétimo paciente também estava contaminado, porém, com uma combinação diferente de bactéria. "Não dá para dizer que todos morreram devido à contaminação porque eles já estavam com uma situação grave", afirmou o diretor técnico do hospital, Pedro Compasso.

Dos 10 leitos de UTI, apenas um é de isolamento, e os três pacientes que vieram transferidos para a unidade ficaram em leitos comuns de tratamento intensivo. Como não há previsão para aumentar o número de leitos de isolamento, a solução encontrada pelo hospital foi interditar a UTI para evitar a contaminação de novos pacientes, fazer a higienização necessária, e uma pequena adequação no espaço físico que vai possibilitar a separação entre os leitos.

"Hoje os leitos são separados por biombos ou cortinas. Agora, estão sendo separados por um sistema de drywall para fazer com que cada paciente tenha seu espaço restrito", explica o diretor.

Com a mudança, a UTI passará a ter dois leitos a menos, já que foi aumentada a distância entre os leitos. Porém, dois leitos intermediários serão criados na ala de urgência e emergência. Neles, os pacientes ficarão em quarentena até que se comprove se eles portam algum tipo de bactéria antes de serem transferidos para a UTI.

Os pacientes graves continuam sendo encaminhados ao hospital, que faz os exames e verifica a necessidade de transferência. O promotor público Fuad Faraj encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde para saber as circunstâncias da interdição e a sua relação com as mortes dos pacientes.

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