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Congonhas Obra termina em agosto

São Paulo – A obra da pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo – cujo orçamento pode variar de R$ 12 milhões a R$ 18 milhões –, deverá ser feita por meio de dispensa de licitação por razão de emergência. A proposta, porém, enfrenta resistências no Tribunal de Contas da União. A obra está prevista para começar em julho – imediatamente após o término das obras da pista auxiliar – e levará de 30 a 40 dias para que a pista volte a ser liberada.

São Paulo – O aumento excessivo dos vôos e a mobilização dos controladores de tráfego aéreo após o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas, foram os fatores principais da pior crise da aviação civil brasileira, que começou no ano passado. Essa é a visão que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) inseriu no relatório de administração que abre a divulgação de suas demonstrações financeiras de 2006, divulgadas ontem no Diário Oficial da União.

Segundo a Infraero, a crise começou com o movimento dos controladores que, após o acidente, exigiram melhorias no sistema, visando a mais investimentos. Os aeroportos sofreram com essa crise associada à excessiva demanda de passageiros em seus terminais, que cresceu o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Como os vôos não conseguiram vagas no espaço aéreo, os atrasos foram inevitáveis.

A empresa informa que, visando a minimizar os impactos da crise, adotou diversas medidas de contingência, como a divulgação intensiva de vôos em atraso, publicação de relatório periódico para a imprensa, reforço das equipes operacionais nos aeroportos afetados e participação no recém-formado Gabinete de Administração da Crise e no grupo de trabalho criado para diagnosticar os problemas e propor soluções.

Para a Infraero, a crise foi ainda mais aguda no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que por operar perto do limite, tem pouca tolerância a "eventuais ineficiências do sistema". Como o aumento da demanda somou-se aos problemas na pista principal do aeroporto, especialmente de drenagem, "foram imprescindíveis as restrições ao atendimento do fluxo de aeronaves em vários momentos, causando atrasos no vôos"

Alvo de inúmeras investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e no centro da disputa política entre governo e oposição no Congresso, a Infraero anunciou também um prejuízo de R$ 135,3 milhões em suas contas de 2006. A estatal, responsável pela administração de 68 aeroportos e 32 terminais de carga brasileiros, disse que esse resultado foi causado pela sua decisão de considerar como um possível prejuízo uma dívida de R$ 185,4 milhões da Varig referente a taxas de embarque e aeroportuárias.

Anac

Ontem, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Mílton Zuanazzi, também deu sua opinião sobre a crise aérea. Ele disse não acreditar em sabotagem como causa dos problemas ocorridos no domingo passado em aeroportos brasileiros. "Continuo não acreditando nisso. Seria tão deprimente se fosse verdade. Seria um desrespeito à nação, ao país", declarou ele. "Até agora, todas as investigações feitas não mostraram indícios (de sabotagem). Mostraram, sim, erros, falhas humanas. Mas não mostraram sabotagem. Não foi algo deliberado", disse.

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