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Brasília – O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, afastou ontem a possibilidade de problemas nos aeroportos brasileiros durante o feriado de carnaval, em decorrência da ameaça de interdição do aeroporto de Congonhas (SP) para aviões Fokker 100 e Boeing 737-800 e 737-700.

A restauração da proibição foi dada ontem pela desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, mas com a ressalva de que só entrará em vigor se, até o próximo dia 26 de fevereiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero não informarem ao TRF paulista os pesos dos aviões utilizados pelas companhias aéreas em Congonhas

"Graças a Deus não será durante o carnaval. A minha preocupação agora é o day after (dia seguinte) ao feriado", afirmou Pereira. Segundo ele, neste dia, que cairá na segunda-feira da próxima semana, ainda se espera um movimento elevado nos aeroportos de pessoas retornando às suas cidades de origem após o feriado prolongado. Por isso, garantiu Pereira, ontem mesmo técnicos da Infraero, da Aeronáutica e da Anac começaram a discutir alternativas que poderão ser aplicadas se a interdição aos aviões se concretizar.

Já a Anac, por meio de sua assessoria, informou que só se manifestará sobre a medida do TRF paulista após receber a notificação. O presidente da agência reguladora, Milton Zuanazzi completou que é preciso ver o "teor exato" do que está escrito na decisão, mas se antecipou: "Certamente que a Anac vai recorrer".

A ameaça de interdição de Congonhas para alguns tipos de aviões, ou interdição total como quer o Ministério Público Federal, preocupa as autoridades e as companhias aéreas porque esse é o aeroporto mais utilizado pelas empresas na montagem de suas malhas aéreas. No início da semana passada, o juiz Ronald de Carvalho, da 22.ª vara cível federal de São Paulo, concedeu liminar a pedido do MPF determinando o impedimento dos três tipos de aviões de operarem em Congonhas por razão de segurança.

O governo federal recorreu ao TRF e conseguiu a derrubada da liminar que, agora, ameaça voltar a vigorar.

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