Os inquéritos da Lava Jato estão se espalhando pelo Brasil. Quase não há dia em que o Diário da Justiça não traga decretos de transferência territorial de investigações do caso. Muitos deles foram publicados após a afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), já que ministros do seu governo perderam a prerrogativa de foro e os inquéritos que corriam no Supremo Tribunal Federal (STF), aos poucos, “desceram” para outros estados do país.

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Uma parte dos processos ficou na primeira instância de Brasília ou mesmo na Corte Eleitoral do Distrito Federal, como é o caso do ex-ministro das Comunicações Edinho Silva, apontado pelo ex-senador Delcídio do Amaral como intermediador de pagamentos de despesas eleitorais. Há ainda outras ações que correm nas Justiças de São Paulo e do Rio de Janeiro, como as investigações envolvendo desvios na estatal Eletronuclear.

Força-tarefa

Na capital carioca, apenas neste mês, os responsáveis pelo desmembramento da operação montaram uma “força-tarefa” em torno do caso. Eles também vão centralizar as investigações da Operação Saqueador, deflagrada nesta quinta-feira (30). O modelo de arranjo tem ganhado força em todo o país, muito em função da Lava Jato. Em São Paulo, procuradores e policiais atuam desde o ano passado de forma colaborativa entre si e com outros estados para apurar os possíveis desvios do Ministério do Planejamento.

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A fórmula tem gerado sucesso operacional não só na condução de casos de repercussão federal. No Paraná, por exemplo, polícias e Ministério Público utilizaram recentemente o modelo cooperativo para conduzir as investigações que desencadearam na deflagração das operações Publicano, Voldemort e Quadro Negro.