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Os funcionários da prefeitura de Curitiba aprovaram ontem à noite a retomada da greve na próxima segunda-feira. A paralisação havia sido suspensa na quinta-feira passada após a prefeitura aceitar ne­­go­ciar o pagamento de gratificações. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Ser­vidores Pú­­blicos de Curitiba (Sismuc) na Praça Carlos Gomes, no Centro, por cerca de 200 pessoas.

O Sismuc alega que a prefeitura não alterou em nada a proposta discutida na semana passada, que prevê a manutenção da gratificação existente nos moldes atuais e o início da incorporação somente a partir de maio de 2013.

Com isso, os servidores marcaram um ato em frente ao prédio da prefeitura no Centro Cívico amanhã, às 16 horas. Um bolo será levado ao local em referência ao aniversário do prefeito Luciano Ducci (PSB). A partir de segunda-feira, a greve deve ser retomada com um ato a partir das 8 horas em frente da Câmara de Vereadores.

Já os professores municipais aceitaram a proposta da prefeitura e acabaram com o estado de greve em assembleia no Centro de Convenções, que reuniu cerca de mil pessoas vinculadas ao Sindicato dos Ser­­vi­dores do Magistério de Curitiba (Sismmac).

A diferença entre a decisão dos dois sindicatos deve-se ao tratamento diferenciado que os sindicatos alegam ter recebido do Executivo. O Sismmac conseguiu barrar a criação de uma gratificação variável ao salário dos professores e incorporar o valor à remuneração mensal normal.

A proposta prevê um aumento de 10%, geral para todos os servidores, mais 8,69% referente ao valor que seria dado em gratificação. Com isso, o salário base do magistério municipal deve passar de cerca de R$ 1,2 mil para R$ 1,4 mil. "A gente fez o cálculo e vamos ter um au­­mento de quase 20% da tabela", disse uma das diretoras do Sismmac, Andressa Fochesatto.

A prefeitura foi procurada pela reportagem após o término das duas assembleias, mas devido ao horário não foi possível conversar com nenhum representante do Executivo sobre a decisão das duas categorias. As negociações entre representantes da prefeitura e dos dois sindicatos terminaram no fim da tarde desta quarta.

Câmara

Ontem, o projeto de lei que prevê aumento de 10% para o funcionalismo municipal foi aprovado pelas comissões na Câ­­mara de Vereadores e pode ir a plenário na semana que vem. Além do reajuste, um pacote de benesses aos servidores pode seguir para a avaliação dos parlamentares, como o aumento do piso dos guardas municipais e pagamento de gratificação aos professores da rede municipal.

O corte de 30% do salário do prefeito, anunciado junto com o reajuste, não passou pela avaliação da Casa.

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