Insegurança até em condomínio fechado

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Por mais que a sensação de segurança seja maior dentro de casa, nem mesmo imóveis com grande número de equipamentos de segurança, como condomínios fechados, escapam da ação de assaltantes. Só em 2010, o Paraná registrou diversos casos de invasão em prédios e sobrados, tanto na capital quanto no interior. Em Cambé, no Norte do estado, um condomínio de chácaras foi assaltado em se­­tembro por oito bandidos. Em Pon­ta Grossa, região dos Campos Ge­­rais, houve dois assaltos desse tipo. Em apenas um deles, o prejuízo pode ter chegado a R$ 1 milhão.

Na capital, o roubo a um condomínio de luxo no bairro Campo Comprido, em setembro, surpreendeu pela facilidade com que os ladrões agiram. Dez homens invadiram o local depois de render o filho de um morador.

No mesmo mês, um condomínio do Boqueirão foi seguidamente vítima de criminosos. "A gente se sente impotente. Por mais que se invista em segurança, acabamos à mercê dos bandidos", afirma um dos moradores, que preferiu não se identificar. Depois das duas primeiras investidas dos criminosos, os moradores resolveram colocar até sensor de movimento para se proteger. "Temos tetrachave, cerca elétrica, sensor", enumera.

Problema crescente

Segundo o delegado Silvan Rodney Pereira, da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, não há expectativa de melhora desse cenário. Pelo contrário, pode até aumentar. "Quanto mais cresce o número de condomínios, mais cresce o número de quadrilhas." O delegado acredita que as quadrilhas estão cada vez mais especializadas. "Os grupos são fortes. Podem ter ligação com facções nacionais ou locais, mas sempre estão interligados."

A falta de organização e colaboração dos moradores está entre os principais facilitadores dos assaltos. É o que diz o coronel da PM e autor do livro A arquitetura do crime, Roberson Bondaruk. "O criminoso procura oportunidade e falhas no sistema de segurança", diz.

Serviço:

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