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Curitiba – Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve a partir de hoje até quinta-feira. A paralisação promovida por grande parte dos 300 mil trabalhadores é para exigir mais rapidez na elaboração do plano de carreira das categorias, um acordo fechado com o governo federal em setembro de 2005.

Em reunião ontem, no Ministério da Previdência Social, em que o ministro Nelson Machado esteve presente, os trabalhadores discutiram detalhes do projeto, mas mantiveram a paralisação de 72 horas.

O acordo com o governo foi estabelecido depois de greve de 72 dias realizada no ano passado. O documento prevê que até o fim de julho deste ano sejam estabelecidos parâmetros para a negociação da revisão salarial e para a reestruturação da carreira. Mas, para que ele possa ser implementado ainda neste ano, precisa ser votado até o dia 30 de junho, para não infringir a legislação eleitoral. A reunião de ontem foi considerada um progresso pela diretora do Sindicato dos Servidores da Previdência no Paraná, Jaqueline de Gusmão. "O ministro garantiu que o projeto sai este ano", disse.

A reclamação dos funcionários, que no estado somam 8 mil pessoas, é que os salários são semelhantes, sem valorizar os especialistas. O salário de entrada é de R$ 500. "Mas todo mundo faz de tudo", explica Jaqueline.

Outra reclamação é sobre a realização de consursos públicos. Para o sindicato, seriam necessários mais mil funcionários no INSS do Paraná, mas após um concurso recente apenas 13 foram chamados.

Eles também pedem melhores condições de trabalho. "Fazemos vaquinha até para comprar água", acusa o porteiro Justino dos Santos.

Em Curitiba, o movimento começa hoje às 8 horas com uma manifestação em frente à agência da Praça Santos Andrade. Na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social devem voltar a Brasília para discutir os próximos passos. A deflagração de uma greve não está descartada.

O Ministério da Previdência Social, em nota, garante que "está cumprindo rigorosamente o Termo de Compromisso, firmado em 27 de setembro de 2005, com as entidades representativas dos servidores do INSS" e classifica a paralisação de quebra unilateral do termo assinado.

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