• Carregando...

Uma reunião realizada no Ministério da Previdência Social levantou a possibilidade de realizar mutirões para atender aos segurados que estão em licença médica e que deverão passar pela perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujos peritos estão em greve desde 22 de junho. O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, afirmou que o mutirão não causaria prejuízos na qualidade do atendimento. Para ele, o governo "tem que zelar pela boa prestação do serviço à sociedade, por isso cada parte tem que ceder um pouco e assim será possível chegar a um acordo". As informações são da Agência Brasil.

O atendimento deverá ser estendido aos fins de semana e poderá ocorrer também à noite, durante cerca de dois meses, período variável para cada localidade. Segundo Gabas, a perícia "é um ato médico na sua essência, por isso está garantida a autonomia do médico perito em seu trabalho". O ministro afirmou também que acredita "no compromisso social desses médicos, implícito na sua atividade".

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, declarou que o Código de Ética Médica, em vigor desde o dia 12 de abril deste ano, prevê que o profissional da área deve perseguir a qualidade a todo custo. Acrescentou que, no caso dos peritos, eles não vão permitir prejuízo às pessoas que estão dependendo de avaliação médica para voltar ao trabalho e também do reconhecimento do tempo da licença em função do benefício pago pelo INSS durante o afastamento.

O presidente do INSS, Valdir Simão, disse que não é possível quantificar o custo adicional que a Previdência Social terá nessa conta. Ele acredita que "a maioria dos peritos médicos têm a preocupação de fazer um bom atendimento, dentro dos seus compromissos como servidores públicos".

A maior demanda pela perícia médica ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia. Os peritos reivindicam mais segurança no local de trabalho, a contratação de novos profissionais e a diminuição da fila de pacientes esperando a perícia. No Paraná, o tempo de espera pelo atendimento subiu de 60 para 120 dias.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]