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Paraná é bronze na inclusão de alunos especiais

A quantidade de crianças com necessidades especiais educacionais que dividem a sala de aula com os demais alunos no Paraná é a terceira maior do país. Atrás de São Paulo (62,5 mil matrículas) e Minas Gerais (40,9 mil), o Paraná registra 26.002 estudantes especiais freqüentando o ensino regular. A marca paranaense ultrapassa o total de matrículas registrado em toda a Região Norte do país (24,9 mil alunos). Os dados do Ministério da Educação (MEC) de 2006, porém, trazem a preocupação de garantir a qualidade de ensino a esses estudantes.

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Dos 26.002 alunos especiais matriculados no Paraná, apenas 804 (3% do total) freqüentam escola particular. Os demais estudam em instituições estaduais ou municipais, segundo dados do Ministério da Educação.

Para a vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná, Esther Cristina Pereira, existe uma precaução das instituições particulares. "As escolas são cautelosas porque têm de mostrar muito resultado à família. Pegar o aluno por pegar não adianta se ela não conseguir fazer nada pela criança."

Esther também cita os custos existentes na aceitação de alunos com necessidades especiais. "A inclusão é cara porque o aluno de inclusão ocupa o espaço de cinco a seis crianças pelos gastos que gera", afirma.

Para preparar melhor as escolas particulares no atendimento a alunos com síndrome de Down, por exemplo, a Associação Reviver Down desenvolve, em Curitiba, um projeto para capacitar os professores à inclusão.

"Oferecemos uma reunião mensal para professores que têm alunos especiais na sua classe para torná-los mais capazes e fortalecidos para a inclusão", explica Josiane Mayr Bibas, diretora de comunicações da associação.

Para a secretária de Educação de Curitiba, Eleonora Bonato Fruet, a demanda nas escolas públicas traz o aperfeiçoamento da rede. "Como conceito geral, a rede pública é mais inclusiva e sempre está aberta a receber. Isso força a necessidade de estar apta."

Para a Secretaria de Estado da Educação, a preocupação é com a inclusão responsável e a universalização do atendimento, independentemente de ocorrer numa escola especial ou regular. "A inclusão é o programa que acontece mais intensamente na década de 90. Não se faz essa capacitação com mais de 50 mil professores nas seis áreas especiais atendidas pela educação especial em um curto espaço de tempo", diz a chefe do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Angelina Mattar Matiskei.

Angelina acredita que o bom índice do estado se deve à política estadual voltada à inclusão, com a capacitação permanente dos professores. Porém, não descarta os desafios. "É muito caro incluir, dá trabalho e exige do professor uma visão pluralista e diferentes formas de ensinar. Não é simples. É um passo além."

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