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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram um protesto, nesta segunda-feira (2), contra as más condições de assentamentos na região Central do estado. Cerca de 2 mil manifestantes montaram acampamentos em frente às prefeituras de Pitanga e de Cândido de Abreu.

Os trabalhadores rurais chegaram por volta das 10h30 e exigem a liberação de créditos de investimentos para plantio de lavouras e infra-estruturas como: moradia, estradas, energia elétrica, água encanada e estrutura social para seis assentamentos. Também reivindicam a desapropriação de fazendas, que se encontram em processo de negociação, e cestas básicas às famílias acampadas nos municípios.

Segundo o MST, os manifestantes estão divididos em mil trabalhadores em cada prefeitura. De acordo com o prefeito de Pitanga, Alexandre Carlos Buchmann (PTB), a manifestação do MST é pacífica e não foram registrados problemas na manhã desta segunda.

O prefeito confirmou que já conversou com lideranças da manifestação."Tivemos um diálogo aberto e tranqüilo. A prefeitura depende da liberação dos recursos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para colocarmos em prática os projetos de estradas dentro dos assentamentos", explicou Buchmann.

Em Cândido de Abreu, a prefeitura permanece fechada realizando trabalho interno, como medida de segurança, informou a assessoria de imprensa do município. O prefeito, Richard Golba, disse que já conversou com os sem-terra, mas afirma que as reivindicações dependem do Incra. "A liberação deste recurso é muito demorada e muita burocrática. O governo federal e estadual estão muito longe do povo e as prefeituras ficam sozinhas nas negociações", comenta.

Os sem-terra prometem permanecer em frente às prefeituras até o comparecimento do superintendente Regional do Incra Celso Lacerda de Lisboa e a chefe de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos Maria Cristina Medina Casagrande nos locais para negociar o cumprimento das reivindicações.

De acordo com a assessoria de imprensa do Incra, o superintendente deve se reunir com os agricultores na quinta-feira (5). Com relação à liberação de recursos, a assessoria afirma que já está liberada verba de R$ 890 mil para infra-estrutura das moradias e estradas. A desapropriação da fazenda Laguish, na região de Cândido de Abreu, já teria sido publicada no Diário Oficial e espera apenas a avaliação dos técnicos do instituto.

Porém, a greve dos servidores do Incra, iniciada no Paraná em 30 de maio, estaria impedindo a realização deste serviço. A greve também estaria impedindo a distribuição de cestas básicas às famílias assentadas, informou a assessoria.

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