Interrogados devem ter defesa técnica

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Você sabe quais são os direitos do interrogado perante a polícia, Justiça e o parlamento e por que o Supremo Tribunal Federal (STF) concede cada vez mais liminares para que investigados pelas CPIs (comissões parlamentares de inquérito) não respondam a perguntas feitas contra eles? O tema bastante pertinente nos dias de hoje foi o centro da conferência do advogado criminalista Técio Lins e Silva no Encontro Brasileiro de Direitos Humanos, que prossegue até o dia 3 no Centro de Convenções de Curitiba.

Segundo Lins e Silva, professor universitário e ex-procurador-geral de Defensoria Pública do Estado Rio de Janeiro, a lei mudou recentemente e com ela a forma de se fazer o interrogatório, mas alguns juízes ainda ignoram o fato. "Antigamente, o interrogatório era um ato privativo entre o interrogado e o juiz. O advogado não falava nada, sequer assinava o documento", lembra o criminalista, que já atuou no Paraná para defender um militar nos "anos de chumbo". "Hoje a situação é diferente. Ele deve orientar o seu cliente antes do ato, mas ainda há juízes que ignoram a defesa técnica, que agora é obrigatória."

Em outro painel, a coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, discutiu a importância do aleitamento materno e os cuidados básicos com as crianças. Ela afirmou ainda que é mais difícil convencer as mães mais humildes de que o seu leite é melhor e mais nutritivo do que qualquer alimento."A classe baixa não acredita naquilo que é gratuito, daí a dificuldade de acreditarem e entenderem a importância do aleitamento materno", disse Zilda.

Já a deputada estadual Arlete Caramês foi homenageada pelo seu trabalho à frente da ONG Movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida do Paraná (Cridespar).

Serviço: Participam hoje do encontro agentes do Ministério Público e Dom Tomás Balduíno, coordenador da Pastoral da Terra. Ele se apresenta a partir das 20 horas, com o tema A Terra e dos Direitos Humanos.