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Cerca de 300 mil estudantes das redes públicas estadual e municipal estão sem aula no interior do Amazonas por conta da cheia dos rios. Anamã, Barreirinha, Itacoatiara, Manaquiri, Parintins e Urucurituba são alguns dos municípios onde as aulas foram ou estão sendo paralisadas. Férias devem ser canceladas e o ano letivo deve ser estendido para o ano que vem. Outra grande preocupação dos prefeitos é a perda de material com a inundação das escolas.

"O que podemos guardar em prédios mais altos estamos providenciando, como móveis, computadores e materiais didáticos, mas o nível da água continua subindo", disse o prefeito de Manaquiri, Jair Souto. Ele disse que 1.100 alunos das escolas da área rural do município estão sem estudar desde meados de abril. "Se a previsão de subir mais um metro (do rio Negro) até o meio de junho se realizar, será o caos", disse. Das 12 escolas municipais sem aulas, quatro estão servindo de abrigo, já que as outras oito estão com assoalhos e metade das paredes embaixo d´água. O município fica a 65 quilômetros de Manaus e foi um dos mais atingidos pela seca de 2005

De acordo com o vice-prefeito de Anamã, Antônio Araújo Coelho, há 4.123 crianças e adolescentes fora da escola, cinco estaduais e 18 municipais. "E o pior é que as escolas, que no início da cheia viraram abrigos, agora também estão com os assoalhos inundados", disse. Os desabrigados que estavam nas escolas agora estão sendo transferidos para alojamentos em flutuantes, segundo ele. "Os materiais que estamos conseguindo salvar das escolas estão em depósitos da prefeitura, mas não é muita coisa. As mesas dos professores e cadeiras dos alunos certamente vão apodrecer debaixo d´água"

Em Parintins, a 369 quilômetros de Manaus, 18.800 estudantes da rede estadual de ensino tiveram suas aulas paralisadas nesta terça-feira (11) segundo a assessoria da Secretaria de Educação do Estado (Seduc). Outras cerca de 5 mil crianças, que fazem o ensino fundamental, estão sem aulas desde a semana passada

Segundo a Seduc, o ano letivo já está comprometido em vários municípios do interior por conta da cheia dos rios. Ainda segundo a secretaria, a medida de paralisar as aulas não tem sido, na maioria dos casos, para as escolas servirem de abrigos, já que estas também estão alagadas, mas sim para evitar qualquer situação de risco aos alunos porque os caminhos até os prédios estão alagados.

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