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Belém – Depois de quase 40 horas de ocupação, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina e MST concordaram em deixar as instalações da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Hoje três representantes do governo federal, do Ministério das Minas e Energia, Eletronorte e Secretaria Geral da Presidência da República, desembarcarão em Tucuruí para conversar com os representantes do MAB e tentar entender as razões que levaram à ocupação, uma vez que existia um processo de atendimento de reivindicações em andamento. Na quarta-feira, os integrantes do Movimento de Atingidos por Barragens serão recebidos em Brasília no Ministério das Minas e Energia. "Precisamos saber o que motivou esta ocupação, entender as razões para isso ter acontecido, uma vez que existia um processo de discussão e solução de problemas em andamento, ainda que pudesse existir algum tipo de atraso", informou o secretário nacional da ação social da Secretaria Geral, Wagner Caetano. "Não há compromisso que não estivesse em execução", comentou ele

As conversas serão realizadas com os integrantes do MAB, dentro da pauta que está em atendimento pelo governo para este grupo.

Ontem, o governo havia suspenso as negociações, diante da insistência do MAB em permanecer na sala de operações da usina com cerca de 40 pessoas, além de outras 80 no auditório da usina.

De acordo com o líder nacional do MAB, Roquevan Alves Silva, os manifestantes saíram "pacificamente" por volta das 19h30. A Eletronorte cedeu veículos para transportar até suas residências os 200 manifestantes que ocuparam suas instalações por mais de 36 horas. "O acordo não foi bom, mas pode ser melhor durante a reunião com os representantes do governo", disse Silva.

O Exército chegou à usina ontem para cumprir mandado de reintegração de posse, determinado pela Justiça. Os próprios militares estavam conversando com os invasores, diante da saída da mesa de negociações do governo federal, antes de receberem o sinal verde para desocuparem a área.

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