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A top inglesa Agyness Deyn desfila pela Ellus | Mario Miranda/Reuters
A top inglesa Agyness Deyn desfila pela Ellus| Foto: Mario Miranda/Reuters

Sempre que os eventos de moda terminam, fica no ar a questão: o que as tendências trazem de novo para a estação que vai chegar? Com o fim do São Paulo Fashion Week, uma das cinco semanas de moda mais influentes no mundo, aparecem mais interrogações do que receitas prontas. Se por um lado o momento reflete as incertezas de uma crise mundial, por outro aponta para um caminho de mais liberdade. Ou seja, não há por que você usar o justo se não se sente bem, nem o largo se ele mais lhe parece um saco. A moda está contra as tendências e isso pode ser usado a favor do consumidor.

A indústria também reflete os aspectos referentes à tecnologia e às matérias-primas auto-sustentáveis, como os tecidos de algodão e lã orgânicos, a malha de garrafas PET e de fibras de bambu. A ciência aplicada na roupa proporciona conforto térmico e novas texturas e isso ficou muito evidente nas coleções da semana de moda brasileira. Outros caminhos também podem ser apontados sem, no entanto, que se esqueça da premissa básica da moda hoje: uma boa olhada no espelho é a regra de ouro. Quem se conhece bem, consegue perceber o que lhe cai melhor e chegar no tão sonhado estilo próprio.

O que se viu nas passarelas do São Paulo Fashion Week:

- Shapes – Na passarela percebe-se que a silhueta encolheu um pouco. Saem as grandes quantidades de tecido, entram em cena cortes mais secos sem, no entanto, "grudarem" no corpo. O estilo tubinho aparece novamente, num caminho que parte do revival dos anos 80 para os 90. O formado ovalado, com mais volume no quadril, é outra forte tendência.

- Preto – Quase todos os estilistas lançaram mão do negro em suas coleções. Para o consumidor, isso significa roupas que perduram por mais temporadas por seu aspecto básico. Seu irmão mais claro, o cinza, também fez sucesso na passarela.

- Ombreiras – Sim, versões atualizadas dos terríveis travesseirinhos que deixavam a mulher atarracada e masculinizada apareceram. Mas a nova ombreira é mais contida e chique, por vezes angulosa.

- Calças – Se no inverno passado bermudas e shorts com meias apareceram aos punhados, agora as estrelas são as calças. Elas podem ser clochard (com gancho solto), semi-baggy (acinturada e com volume nos quadris) e também skinny, bastante justa.

- Tricô – Este é fácil porque pode entrar no esquema do "faça-você-mesmo". Com pontos meia graúdos, com tranças ou não. Algumas marcas fizeram casacos de tricô com babados e inovaram ao colocar o material em minissaias godês.

- Paletó – Se tem uma peça que sai do SPFW consagrada, esta é o paletó. Ele vem até em materiais não tradicionais de alfaiataria, como o moletom. Esta é uma peça unissex. As mulheres podem, inclusive, emprestar do marido ou namorado porque o oversize, neste caso, é bastante moderno sobre vestidos e camisetas.

- Jeans – Não clareou como previsto. Há, no entanto, versões mais acinzentadas e lavagens mais "sujas".

- Nova alfaiataria – Peças no estilo clássico, costuradas em tecidos planos, ganharam novas versões. Por exemplo, uma marca ampliou um paletó e colocou um colarinho assimétrico, tudo em um patchwork de tecidos.

- Barras dobradas – Essa você também pode fazer em casa, com qualquer calça.

- Brilhos e texturas – O dourado saiu um pouco de cena para dar espaço para metais menos aparentes. O paetê adamascado foi uma das grandes surpresas. As texturas dos tecidos – nervurados, levemente brilhantes, enrugados etc – por vezes em um mesmo look, ganharam mais espaço.

A jornalista viajou a convite do evento

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