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Ao todo, 57 postos de combustíveis serão fiscalizados pelo Ipem na região de Ponta Grossa | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Ao todo, 57 postos de combustíveis serão fiscalizados pelo Ipem na região de Ponta Grossa| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem) iniciou nesta segunda-feira (23) a fiscalização dos 57 postos de combustíveis em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Após passar pelo Litoral e por Curitiba, essa é a primeira ação do órgão no interior do estado. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em aproximadamente três semanas.

Segundo o Ipem, dois postos do município eram atendidos pela empresa Power Bombas, de Cléber Salazar. Nesses dois estabelecimentos, a fiscalização "será mais criteriosa", garante o gerente de verificação metrológica do Ipem, Ivo Ribeiro. "Mas nosso trabalho irá se estender para os demais postos a fim de verificarmos se o consumidor está sendo lesado", explica Ribeiro.

Nesta segunda, duas equipes do órgão vistoriaram dois postos em Ponta Grossa – um deles era atendido pela empresa de Salazar. Em ambos não foi encontrada irregularidade. De acordo com o gerente do Ipem, a ideia do órgão é estender a fiscalização para outros municípios do Paraná.

Caso sejam encontrados indícios de fraude, o gerente do Ipem afirma que será emitido um auto de infração e a bomba, lacrada. "O dono do estabelecimento terá prazo de 10 dias para apresentar defesa. A multa pode variar de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, dependendo do caso e se a pessoa é reincidente ou não", afirma Ribeiro.

O vice-presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná, Eldo Bortolini, teve seu posto visitado por uma equipe do Ipem na tarde desta segunda-feira. "É muito importante que se faça essa averiguação para saber o que de fato está acontecendo no segmento. Não se pode dizer que todos os postos fazem parte do esquema do Salazar", pontua.

Gerente de outro posto visitado pela equipe do Ipem, Jurandir Soares acredita que a fiscalização acontece no momento ideal. "Depois de tantas denúncias é bom o povo saber quem trabalha certo", diz.

A fraude

O programa Fantástico do dia oito de janeiro revelou que Cléber Salazar instalava um dispositivo eletrônico, acionado por controle remoto, que mascarava a quantidade de combustível vendida. Em alguns postos de Curitiba, a diferença entre o que a bomba marcava e que realmente ia para o tanque do carro chegava a 1,4 litro. Salazar foi preso no dia 9 de janeiro, mas foi solto na última terça-feira (17), depois que a Justiça concedeu um habeas corpus.

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