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11 obras furtadas no Paraná estão na lista das mais procuradas pelo Iphan. São elas:

• Santo Antônio de Lisboa, da Lapa;

• Castiçal, da Lapa;

• Nossa Senhora da Candelária, de Paranaguá;

• Nossa Senhora do Rosário, de Paranaguá;

• Cruz Processional, de Paranaguá;

• Cálices e castiçais, de Paranaguá;

• Santa Efigênia, de Paranaguá;

• Menino Jesus de Praga, de Paranaguá;

• Santa Luzia, de Paranaguá;

• Resplendor, de Paranaguá;

• Nossa Senhora do Bonsucesso, de Guaratuba.

A população de todo o país poderá ajudar, a partir de hoje, a recuperar obras de arte furtadas de igrejas e museus nos últimos anos. O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) começa a veicular na tevê uma campanha exibindo peças que sumiram. Em cima das imagens haverá um carimbo com a mensagem "Procura-se". O objetivo é reaver cerca de 800 estátuas, telas e outros objetos que já haviam sido tombados pelo patrimônio histórico.

No Paraná, há onze obras que entraram na lista das mais procuradas. "Em outras regiões, como no Rio de Janeiro e no Nordeste, o problema de furto de obras é mais antigo. Aqui no nosso estado, essas gangues começaram a agir na década de 1980", informa José La Pastina Filho, superintendente do Iphan no Paraná. Desde então, várias obras importantes já desapareceram, principalmente de igrejas católicas.

"As igrejas ficam abertas e às vezes até há alguém da comunidade que cuida, mas é uma proteção pequena", diz La Pastina. Ele exemplifica contando uma história ocorrida na Lapa em 1994. A pessoa que cuidava das imagens da igreja do Bom Jesus da Lapa foi abordada por dois desconhecidos. "Eles disseram que estavam levando a imagem de Santo Antônio de Lisboa para restauro e a pessoa acreditou", lembra. A imagem desapareceu e hoje encabeça a lista das mais procuradas do estado.

A igreja do estado mais prejudicada com o roubo de imagens foi a de São Benedito, em Paranaguá. O local já foi palco de furto em três ocasiões diferentes. Em 1984, no caso mais grave, três peças foram levadas de uma só vez. Nessa ocasião, se perderam uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, do século 17; uma Nossa Senhora da Candelária, do século 18; e um crucifixo de prata lavrada do século 18, com 82 centímetros de altura.

De acordo com La Pastina, as obras são roubadas por colecionadores que desejam ter as peças em seus acervos particulares. Algumas também caem nas mãos de quadrilhas internacionais que levam os objetos para fora do país. "Há um comércio mundial muito sujo nesta área", afirma. Na maior parte dos casos, as peças não são feitas em materiais com valor comercial – são de argila ou madeira. Por isso, só têm valor inteiras. E assim, podem ser recuperadas, desde que sejam encontradas.

Recuperações

Em alguns casos, obras perdidas no Paraná já foram recuperadas. É a situação de uma imagem do Bom Jesus do Saviá. A estátua foi roubada em Antonina e uma nova imagem foi encomendada. Depois, de substituída, porém, a original foi encontrada pela polícia.

Um caso mais curioso é o de uma caixinha de música do século 19, furtada na Lapa. O objeto fazia parte da casa do coronel Joaquim Lacerda, um dos heróis do Cerco da Lapa. A casa foi doada pelos herdeiros ao Iphan. Porém, antes do restauro, o lugar foi invadido e a caixinha sumiu. "Depois que restauramos tudo, recebemos a caixinha pelo correio. Foi devolvida pela pessoa, que decerto não podia exibi-la", conta La Pastina.

Serviço: A lista completa das obras que estão sendo procuradas será disponibilizada pela internet, no site do Iphan, em www.iphan.gov.br.

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