Não será apenas o transporte que pesará mais no bolso do morador de Curitiba. A prefeitura estuda uma revisão no cálculo de reajuste do IPTU. Nos últimos 10 anos, esse imposto vinha sendo corrigido apenas pela inflação – sem levar em conta a valorização dos imóveis. "Hoje, a diferença entre o valor venal e o real [do imóvel] é de quase 300%. Isso não se recupera nunca mais. Projeta-se que Curitiba tenha deixado uma receita de R$ 2 bilhões em 10 anos", argumenta o prefeito Gustavo Fruet.

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A disparidade ocorre porque, em 2003, o então prefeito Cássio Taniguchi resolveu congelar a planta de valores e corrigir o IPTU apenas por índices de inflação. De lá para cá, seguindo a inflação do período, a arrecadação com o tributo variou 80%. Mas estudos da prefeitura apontam que os imóveis tiveram valorização entre 300% a 1.000% nesse período.

Segundo Fruet, seria necessário um reajuste de cerca de 35% para começar a recuperar essa defasagem. Um aumento nessas proporções, entretanto, está completamente descartado. "Teríamos que trabalhar sem vincular a planta genérica para termos um reajuste acima da inflação, o que geraria uma discussão judicial. Isso já ocorreu em outras cidades. Mas até a próxima semana, definiremos essa questão."

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