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Teve início na manhã de hoje o júri dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira, acusados de assassinar as adolescentes de 16 anos Maria Eduarda Dourado Lacerda e Tarsila Gusmão Vieira de Melo, em Porto de Galinhas, sul de Pernambuco. Presidido pela juíza Andrea Calado, o julgamento está previsto para prosseguir pelos próximos dois dias no Fórum de Ipojuca, no centro da cidade, mas por conta do grande número de pessoas que serão ouvidas o plenário do júri está reservado até sexta-feira, para o caso do julgamento se estender.

Serão ouvidas 19 pessoas. Duas testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) e dez pela defesa dos acusados. O delegado José Silvestre, que havia sido intimado como testemunha de acusação, foi dispensado pelo MP. Também serão ouvidos cinco peritos do Instituto de Criminalística que participaram das investigações dos homicídios, e, por último, os dois réus.

O crime aconteceu no dia 3 de maio de 2003 no Distrito de Camela. As adolescentes foram mortas com tiros na cabeça e no rosto depois de uma festa na praia de Porto de Galinhas. Seus corpos foram encontrados dez dias depois num canavial próximo, em Camela, município de Ipojuca.

Uma testemunha viu as meninas telefonarem de uma padaria e em seguida entrarem na Kombi ocupada pelos dois rapazes tentando voltar para a casa onde passavam o fim de semana, na praia de Serrambi. A testemunha descreveu toda a cena com riqueza de detalhes e além disso, papéis de bala, fios de cabelo e fio de nylon achados no local do crime também foram encontrados no veículo.

Como os corpos das adolescentes estavam em adiantado estado de putrefação quando foram localizados, não foi possível detectar se elas foram vítimas de abuso sexual. Por isso, os irmãos foram indiciados somente por homicídio qualificado, podendo ser condenados a penas de 12 a 30 anos de prisão.

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