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O estudante Hiago Souza da Silva, 10 anos, que ingressa na 5.ª série neste ano, não se conforma de ter trocar de escola. "Eu não quero mudar. Prefiro continuar estudando onde estou", diz.

Hiago estava desde a pré-escola na Escola Municipal Anchieta, que funciona no mesmo prédio do Colégio Estadual Sagrada Família, no centro de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. Por causa do sistema de georreferenciamento da SEED, vai ter de estudar num colégio mais próximo de casa.

O pai de Hiago, o impressor Elias, 41 anos, lamenta pela mudança causar a separação do irmão menor, Higor, 8 anos, que continua na Escola Anchieta, ingressando na 3.ª série. "É uma atitude arbitrária e isso está me deixando de cabeça quente. Quando ele entrou na pré-escola e procurei matrícula no colégio perto de casa não encontrei vaga", diz.

Situação parecida vive Ivan Carvalho, 10 anos, filho da empresária Cristiane Prudêncio da Silva, 33 anos, que estudava na mesma escola de Hiago desde a educação infantil. O georreferenciamento também deve separá-lo da irmã, Yara, 14 anos, que continuará na mesma instituição. "Minha casa fica no meio das duas escolas. Vai mudar toda a nossa rotina porque os dois iam juntos. Agora ele está sem matrícula e se não conseguir mantê-lo na mesma escola vou ter de colocá-lo numa particular e apertar o orçamento", afirma Cristiane.

O presidente da APP-Sindicato (entidade que representa os professores e funcionários da rede estadual), José Lemos, afirma que a SEED se comprometeu em problemas pontuais. "A escola deve respeitar a vontade do aluno que precisa estar contente no ambiente escolar", diz.

A assessoria de imprensa da Seed informa que o processo de matrícula já está consolidado nas escolas e os estudantes têm até 12 de fevereiro para solicitar transferência para locais com vagas remanescentes pelos mais variados motivos. O processo provocou fila de cerca de 40 pessoas por três dias no Colégio Estadual Júlio Mesquita, no Jardim das Américas. Segundo o diretor José Alex Sandro Baiuka, a maior procura era por gente de fora da comunidade. "Conseguimos manter todos os alunos que saíriam da escola devido ao georreferenciamento", afirma. (TD)

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