Irmãs encontradas mortas em casa

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Sem chances de se defender, as meio-irmãs Gabriela de Amorim, 7 anos, e Camila de Amorim Guimarães, 9 anos, foram mortas na tarde desta quarta-feira, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. A terceira irmã, de 13 anos, também chegou a ser agredida. Ela foi socorrida pelo Siate e acabou encaminhada para o Hospital do Trabalhador, onde passa bem. O principal suspeito por cometer os crimes é quem deveria zelar pelo bem das meninas – um homem que é pai e padrasto delas, o caminhoneiro Selmo Alves Rodrigues, 35 anos. Até o final desta edição, ele continuava a ser procurado pela polícia.

De acordo com vizinhos, Rodrigues havia se mudado com a mulher, a enteada de 13 anos e o casal de gêmeos de 7 anos para o bairro há menos de dois meses. A família teria vindo de Maringá, no norte do Paraná. "A menina de 9 anos veio passar o Natal e as férias aqui", conta o comerciante Leandro Fênix. Apesar do pouco tempo de convivência, as meninas já tinham conquistado a vizinhança. "Elas eram meninas alegres. Brincavam na rua e vinham conversar com a gente", conta uma vizinha. "Hoje na hora do almoço elas ainda vieram aqui e contaram que tinham ganhado uma bicicleta de Natal", lembra a dona de casa Eliza da Silva.

A mãe das crianças havia saído para trabalhar e quando chegou em casa, por volta das 17 horas, se deparou com os corpos. "Ela saiu na rua e gritava que tinham matado as filhas", descreve o vizinho Jaime da Silva. Segundo informações preliminares da Polícia Militar, Gabriela foi morta por enforcamento e Camila teria sido estrangulada. Os corpos das meninas estavam escondidos embaixo da cama.

Policiais da Delegacia de Homicídios ainda investigam o que teria motivado o crime. Rodrigues já havia sido visto por vizinhos brigando com a mulher em frente de casa. "Ele batia nela porque ela ficava na frente de casa com roupa curta", conta Fênix. Eliza lembra ter visto o caminhoneiro passar algumas vezes pela rua com garrafas de bebida. Os investigadores aguardam laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber se as meninas foram violentadas antes de serem mortas.