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São Paulo (Folhapress) – A empresa Lottomatica, que gerencia a loteria nacional da Itália, anunciou a compra da americana GTech Holdings – maior vendedora de sistemas informatizados de loterias – por 4 bilhões de euros (R$ 10,91 bilhões). A GTech tornou-se conhecida no Brasil quando estourou o escândalo que envolveu Waldomiro Diniz, ex-assessor do então ministro José Dirceu (Casa Civil), em um caso de irregularidades na licitação de contratos para a loteria da Caixa Econômica Federal.

A empresa teria sofrido cobrança de propina de Diniz para ter seu contrato com a CEF renovado. À época (2003), Diniz era integrante da Loteria Estadual do Rio de Janeiro (Loterj).

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL- PB), já revelou que o relatório parcial sobre o caso deve ser apresentado hoje.

Em depoimento à comissão, o ex-diretor de Marketing da GTech Marcelo Rovai acusou o advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Antônio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), de cobrar propina para agir como "intermediador" na renovação do contrato. Rovai disse que Buratti tentou extorquir dinheiro da empresa a mando de Diniz. Buratti nega as acusações.

100 países

Com a compra, a Lottomatica irá se tornar, assim, a maior operadora mundial de loterias, operando em 100 países.

A Lottomatica irá oferecer US$ 35 por cada ação da Gtech, informou a empresa em um comunicado.

A empresa italiana irá assumir ainda US$ 180 milhões em débitos da americana. O executivo-chefe da GTech, Bruce Turner, irá ficar à frente da Lottomatica após a aquisição.

A transação será feita através de lançamento de ações pela companhia italiana e de um empréstimo bancário.

A Gtech foi criada em 1976 pelo analista da IBM Guy Snowden e pelo matemático Victor Markowicz. Em 1983 a empresa lançou ações no mercado e, em 1987, já detinha cerca de 70% de participação no mercado global de loterias.

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