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Umuarama – A Promotoria de Justiça da comarca de Umuarama informou ontem que o Ministério das Relações Exteriores negou auxílio financeiro ao pai e à madrasta de Edygleison Martins dos Santos, 3 anos, retido desde setembro na Inglaterra. O Itamaraty informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar.

O pai Roberson Tavares dos Santos e a madrasta Flávia Aline Boreski dizem que já gastaram todo o dinheiro que tinham com advogados e agora dependem da ajuda do estado para reaver o menino que está sob a guarda de uma família inglesa em Grimsby, no Norte daquele país. Eles calculam em R$ 6 mil o custo da viagem e estada.

Desde a semana passada, a Justiça britânica decidiu devolver a criança à família. Inicialmente, o tio do menino, Cleberson Tavares, que mora legalmente na Inglaterra, vai se encontrar com a criança uma vez na semana. A família informou que os encontros vão aumentar gradativamente, já que o garoto perdeu um pouco do vínculo familiar e fala mais o inglês do que português. Os pais ainda não sabem como vão buscar o filho, já que o casal ficou desempregado desde setembro e somente o pai arrumou emprego há poucos dias.

O promotor de justiça Eduardo Cambi, que acompanha o caso, informou que os pais estão preparando uma declaração se comprometendo em manter o tratamento da criança. A declaração será enviada à Justiça britânica para apressar a repatriação.

Edygleison sofre de uma doença rara, síndrome de Wiscott Aldrich, e está em tratamento na Inglaterra. Ele foi internado em setembro com hematomas e sangramentos. Inicialmente, os médicos suspeitaram que a criança havia sido agredida. Os pais, que estavam com os vistos vencidos, chegaram a ser acusados de agressão e voltaram ao Brasil para não serem presos. Alguns dias depois, a doença foi diagnosticada e a acusação retirada.

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