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Desde bebê, a menina Isabelly Lira Gonçalves da Silva, 8 anos, tem horror a tomar qualquer tipo de medicação, por causa do gosto, que é ruim, em sua opinião. A aversão a remédios fez com que a mãe dela, a gerente administrativa Arliete Gonçalves da Silva, 33 anos, tenha criado um verdadeiro ritual para a menina tomar os medicamentos. Arliete começa a convencer Isabelly com uma hora de antecedência para que ela tome a medicação. Ela admite, porém, que muitas vezes precisou forçar a barra. "Já precisei enfiar goela abaixo mesmo", diz a mãe, que lembra que, quando era criança, também tinha dificuldade para ingerir medicamentos. "Até hoje não gosto de tomar nenhum medicamento líquido. Prefiro comprimidos e injeção."

Mas não é só o sabor típico dos medicamentos que desagrada pacientes. A funcionária pública estadual Márcia Aparecida Teixeira, de 46 anos, tem verdadeiro pavor de usar qualquer tipo de remédio. "Tenho medo que me faça mal e que não tenha como alguém me socorrer." Já o repositor Rafael Ortega, 19 anos, só vai ao médico e segue o que lhe foi receitado depois de muitas tentativas com receitinhas caseiras. "Quanto mais natural, melhor. Remédio também é droga."

Na opinião do pediatra e diretor geral do Hospital Pequeno Príncipe, Donizete Gianberardino Filho, em geral as pessoas não gostam de usar medicamentos porque se sentem frágeis e doentes. O médico acredita que a raiz do problema está na própria família. "No cotidiano das crianças os pais não devem apresentar o remédio como se fosse uma coisa ruim ou como um castigo." (TD)

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