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As chuvas registradas na tarde desta quinta-feira (28) elevaram este mês ao segundo janeiro mais chuvoso desde 1943, quando começou a medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na capital paulista. Até as 16h desta quinta-feira (28), o instituto registrou 468,6 mm de chuva no Mirante de Santana, na Zona Norte de São Paulo.

O janeiro mais chuvoso foi registrado em 1947, com 481,4 mm. Em 1987, o primeiro mês do ano teve 442,3 mm de chuva em São Paulo. Outro ano chuvoso ocorreu em 1950, com 421,8 mm, de acordo com os dados do Inmet. Apenas na tarde desta quinta-feira, o instituto registrou 40 mm de chuva na Zona Norte da capital paulista.

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, chegou a decretar estado de atenção em toda a cidade nesta tarde. Segundo o centro, choveu forte principalmente entre os bairros de Jaçanã, Tremembé, Vila Maria e Vila Guilherme, na Zona Norte, e na Penha e Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. No Centro, também choveu forte. Na Grande São Paulo e no litoral, choveu intensamente em São Bernardo do Campo, Guarulhos e municípios da Baixada Santista.

Mortes no estado

O número de mortos vítimas da chuva no estado de São Paulo já chega a 65 desde o dia 1º de dezembro do ano passado. O município de Cunha, a 231 quilômetros de São Paulo, confirmou, nesta quinta-feira (28), que mais uma pessoa morreu no local vítima da cheia do Rio Itagabiroba.

Segundo o coordenador de Defesa Civil do município, Christovam Alves da Silva, um homem de 45 anos tentava atravessar a ponte sobre o rio na noite de terça-feira (26), quando foi arrastado pelas águas no distrito Campos Novos de Cunha, que fica a cerca de 40 quilômetros do centro da cidade. De acordo com Silva, o corpo da vítima foi encontrado dentro do rio, a cerca de dois quilômetros do local do desaparecimento. O corpo foi retirado do rio na tarde de quarta-feira (27).

Com mais esse caso, o município agora contabiliza um total de sete mortes provocadas pela chuva neste ano. No dia 1º de janeiro, seis pessoas de uma mesma família foram vítimas de um deslizamento de terra no bairro Barra do Bié, na zona rural da cidade.

A sétima morte em Cunha ainda não foi incluída no balanço de problemas causados pelas chuvas da Defesa Civil Estadual. O balanço, divulgado às 10h desta quinta-feira (28), ainda contabilizava um total de 64 mortes no estado, 50 pessoas feridas e duas desaparecidas nas cidades de Alumínio e São Roque, a 79 e 66 quilômetros de São Paulo, respectivamente, na terça-feira (26). A nova vítima de Cunha deve ser incluída na nova divulgação do balanço que será feita só na manhã da sexta-feira.

Segundo os dados desta quinta, mais dez municípios foram atingidos pelas chuvas no estado. Até quarta, o balanço apontava 134 atingidos e, nesta quinta, o número subiu para 144, mas a Defesa Civil estadual ainda não havia informado, por volta do meio-dia, quais eram esses municípios. A quantidade de desalojados (pessoas que deixaram a casa temporariamente, mas podem voltar a morar no local, pois o imóvel não foi destruído) também aumentou de 18.678 para 19.606.

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