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Cuiabá e Brasília – O plano de vôo do jatinho Legacy previa que o avião voasse a 37 mil pés (cerca de 12 km de altura) de São José dos Campos (SP) a Brasília, baixasse a 36 mil pés, após passar por essa cidade, e subisse a 38 mil a partir de um ponto da carta de aviação chamado Teres.

Esse ponto fica a menos de 15 minutos, na velocidade do avião, do local onde houve a colisão entre Legacy e o avião da Gol.

As informações são do delegado da Polícia Civil Luciano Inácio da Silva, que conduz as investigações na esfera estadual em Cuiabá (MT). Silva recebeu no sábado, da Embraer, fabricante do jatinho, o plano de vôo. Segundo o delegado, o documento mostra contradições com os depoimentos do piloto Joseph Lepore e do co-piloto Jean Paul Paladino.

Os dois disseram que mantiveram uma altitude de 37 mil pés, seguindo à risca o plano de vôo. Silva diz que o plano não previa a manutenção da altitude.

A Gol informou ontem que iniciará os trâmites para as indenizações às famílias das vítimas do acidente. Enquanto isso, parentes de 6 das 154 vítimas contataram um escritório de advocacia do Rio com o objetivo de recorrer à Justiça brasileira e, possivelmente também à norte-americana, para receber indenizações por danos materiais e morais.

O objetivo é acionar a empresa americana ExcelAire, dona do Legacy que se chocou contra o Boeing, desde que seja possível provar que os pilotos do jato erraram, de fato, e que suas falhas provocaram o acidente.

Vítimas

Das 154 vítimas do acidente, 90 já foram identificadas por peritos de diferentes institutos da Polícia Civil do Distrito Federal. Só ontem foram reconhecidos 29 corpos. Até o fim da tarde de ontem, o Instituto Médico Legal já havia recebido os restos mortais de 106 vítimas e 58 corpos já haviam sido retirados do instituto para serem enterrados.

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