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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, se reuniu na manhã desta quarta-feira (22), em Brasília, com o presidente da TAM, Líbano Barroso, e com representantes da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O objetivo do encontro foi discutir as consequências da greve de aeroviários, anunciada para quinta-feira (23).

Representantes dos trabalhadores reclamam de não serem ouvidos pelo governo e afirmam que a greve agendada está mantida. Segundo o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmidt, houve um esforço do Ministério Público do Trabalho (MPT) para que houvesse acordo sobre as reivindicações. Além de um reajuste que represente ganho real no salário, a categoria pede a criação de piso salarial para categorias com salários abaixo de R$ 700.

"As empresas tiveram desde setembro para fazer tentativas, mas foi uma proposta de 0,5% de ganho real. Nossa proposta é ganho real porque empresas aéreas tiveram maior lucro da história no ano passado e neste ano. É hora de dividir o bolo. A greve nesse momento do ano não é uma escolha do trabalhador. Entregamos nossa pauta em setembro e ela foi desconsiderada", disse Schmidt.

Depois do fracasso das negociações em reunião realizada nesta terça (21) entre funcionários das empresas aéreas, patrões e integrantes do (MPT), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se colocou à disposição tentar evitar a greve.

Em nota, o presidente do tribunal, ministro Milton de Moura França, afirmou que o TST pode contribuir para a solução do impasse. "Tendo em vista algumas consultas sobre a anunciada greve das categorias dos aeroviários e aeronautas, a Presidência do Tribunal Superior do Trabalho esclarece que se mantém à disposição para, se assim desejarem as partes envolvidas, adotar medidas que possam contribuir para a solução de eventual impasse, sem prejuízo dos entendimentos que vêm sendo mantidos". Nenhuma reunião com representantes do TST foi confirmada.

Manifestações não causam atrasosEm nota, a TAM, maior companhia aérea do País, afirmou que as manifestações de aeroviários e aeronautas em diversos aeroportos do Brasil não são responsáveis pelos atrasos de voos registrados nesta quarta-feira.

Na nota, a empresa diz ainda que negocia o reajuste dos trabalhadores desde julho deste ano e que as empresas já teriam antecipado para 1º de dezembro um reajuste de 6,08%, o que corresponde à inflação registrada entre dezembro do ano passado e novembro de 2010.

Veja abaixo a íntegra da nota:

"Comunicado TAM

Manifestações em alguns aeroportos nesta manhã não afetam operações da TAM

Estamos, desde julho, em processo de negociação entre o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e os sindicatos que representam as categorias dos aeronautas e dos aeroviários. Nós sempre negociamos condições que sejam boas para os funcionários e para a companhia.

Já antecipamos para 1º de dezembro o reajuste salarial de 6,08%, correspondente à inflação medida pelo INPC (índice Nacional de Preços ao Consumidor) para o período de dezembro de 2009 a novembro de 2010. Agora, aumentamos a proposta para 6,5%, com ganho real. Assim como acontece todos os anos, estamos confiantes em que vamos concluir adequadamente esse processo.

A programação de voos da TAM nesta quarta-feira (22) não foi afetada pelas manifestações em alguns aeroportos brasileiros nesta manhã. A companhia reitera que os atrasos e cancelamentos registrados até o momento se devem exclusivamente a problemas meteorológicos, a manutenções não programadas ou a ajustes na malha.

São Paulo, 22 de dezembro de 2010

TAM Linhas Aéreas"

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