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A Corregedoria da Polícia Civil investiga o desaparecimento de jóias furtadas de dentro de um cofre do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), as quais foram substituídas por peças falsas. De acordo com a corregedora da corporação, delegada Ivanete Araújo, cerca de 15 policiais lotados no ICCE têm acesso à sala que analisa as características mercadológicas de objetos apreendidos, onde estavam as jóias que foram apreendidas em março na operação Eldorado, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Segundo a delegada, não há estimativa do valor das peças, nem há certeza da quantidade delas. Até agora, a perícia já detectou a falta de pelo menos 12 anéis de ouro (alguns com pedras preciosas), cordões de pérolas e brincos. O furto foi percebido no dia último dia 15 e já se sabia que todo o material que estava apreendido era verdadeiro. Pelo menos um dos anéis estaria estimado em cerca de R$ 50 mil.

"Quando chegaram ao instituto, as peças foram todas fotografadas e divididas em três lotes. A perita analisava o segundo lote quando percebeu a falta de dois anéis. Quando abriu o terceiro lote, viu que faltavam mais peças. As jóias foram substituídas por outras falsas e a análise desse material ainda não terminou, por isso não podemos precisar o total do que foi furtado", afirmou.

De acordo com Ivanete, a perícia apenas detecta se o material é verdadeiro. O passo seguinte é solicitar, por ofício, aos representantes das grifes que fabricaram as peças o valor estimado por cada uma. Isso ainda não havia sido feito. A delegada já tomou o depoimento de três funcionários do instituto Caso se confirme a participação de um policial no furto, ele poderá ser expulso da corporação e preso.

A operação Eldorado foi montada para reprimir os crimes de receptação de jóias, ouro, relógios, entre outros bens furtados no Rio. As investigações começaram a partir da prisão de assaltantes que roubaram a residência da ex-miss Brasil Leila Schuster, na Barra da Tijuca (zona oeste), em julho do ano passado. Quando os presos revelaram a facilidade para vender as jóias roubadas em salas comerciais, a Draco iniciou a investigação, que culminou com a operação.

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