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Desde o início do ano, quando Uso Consciente das Tecnologias foi anunciado como tema do Ler e Pensar em 2015, a professora Simone Nogueira de Lima decidiu mostrar a seus alunos do 3.º e 4.º anos da Unidade de Educação Integral da Escola Municipal Michel Khury (foto) , localizada no bairro Uberaba, que a tecnologia pode estar em tudo e, para enxergar, basta afinar o olhar.

Assim que o projeto teve início, ela pensou em possibilidades para aliar disciplinas necessárias de serem trabalhadas em sala com o uso do jornal. E, com o passar dos meses, vem aplicando uma a uma. Por meio das reportagens da Gazeta do Povo, a educadora desenvolve trabalhos relacionados às Artes, Ciências, Tecnologias da Informação, Comunicação, Movimento e Educação Ambiental, todos os dias, durante o período da manhã. “Já é um hábito para as crianças trabalharem com o jornal. Elas esperam por isso e adoram”, conta.

Grande parte das ações propostas por Simone foi inspirada em sugestões indicadas pelos 13 cursos a distância oferecido aos professores participantes do projeto. “Ano passado fiz todos e este ano farei novamente. São muitas ideias que podem ser aproveitadas!”, comenta. Simone é a prova de que o que defende faz a diferença.

Em 2013 ela criou uma hemeroteca para reunir as edições diárias do jornal que a escola recebe em razão do apadrinhamento do HSBC. Este ano, uma nova edição da estrutura foi feita para reunir, exclusivamente, reportagens sobre tecnologia.

Outra possibilidade aproveitada dos cursos foi a de levar os alunos para fora da escola, a fim de que vivenciem, na prática, ensinamentos acumulados em aula. Após analisarem as reportagens que tratavam do aumento da tarifa de energia no Paraná e trabalharem matemática e preocupação ambiental, por exemplo, interpretando contas e pensando em formas de economizar, os estudantes percorreram as ruas do bairro para investigar as condições da rede elétrica da região. Identificaram situações de perigo e falaram sobre os riscos de brincadeiras com pipas próximas à fiação elétrica. Um contato com a Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná) também foi feito e representantes da empresa visitaram a escola para falar sobre uso seguro da energia e distribuir materiais educativos.

A busca de notícias e referências em outros veículos, como nas revistas, por exemplo, também foi feita. A decisão enriqueceu as discussões com a turma sobre abordagens utilizadas pelos meios e a diferença entre as linguagens de cada canal. Juliana Zeni Ostroski, pedagoga e articuladora da educação integral na Michel Khury, se diz apaixonada pelo trabalho da educadora. “Ela foi capaz de motivar muitas outras professoras da escola, que hoje também desenvolvem trabalhos com o jornal com alunos de diferentes idades. O trabalho dela é admirável, porque tem uma sequência e percebemos claramente os avanços pedagógicos das crianças”, diz.

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