O repórter policial Rodrigo Neto de Faria, 38, foi assassinado a tiros nesta madrugada. Ele trabalhava na "Rádio Vanguarda" e no jornal "Vale do Aço", em Ipatinga (MG).
O enterro será neste sábado (9) na cidade mineira, a 220 km da capital, Belo Horizonte.
De acordo com o site do jornal, Rodrigo fazia cobertura policial e já havia recebido várias ameaças de morte, que seriam motivadas por sua atividade profissional.
Na última quinta-feira, ele foi a um churrasco que frequentava regularmente, segundo o jornal. Ao sair, foi atingido por dois disparos, um na cabeça e outro no peito. Os autores seriam dois homens em uma motocicleta.
O repórter chegou a ser socorrido no Hospital Municipal de Ipatinga, mas não resistiu. Ela era casado e deixa um filho.
Nenhum representante da Polícia Civil foi localizado para comentar as investigações.
Pelo Twitter, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) comentou o crime. "Morte de jornalista investigativo Rodrigo Neto-MG possui características de execução. Crime contra a vida, atentado contra liberdade e Direitos Humanos."
Em nota, o governador Antonio Anastasia (PSDB) lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil "não vai medir esforços para desvendar a autoria do crime".
O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, divulgou nota afirmando que o jornalista havia denunciado à comissão o envolvimento de policiais em crimes conhecidos na região.
"Tudo leva a crer que sua morte esteja ligada à sua atuação como jornalista investigativo", diz a nota.
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