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O adolescente acusado de matar o colega de alojamento Diego Brahion de Oliveira, no Educandário São Francisco (ESF), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, foi transferido ontem para outra unidade de internação do Paraná – não revelada por motivo de segurança e para evitar represálias de outros adolescentes.

Diego foi morto com uma estocada no peito, na madrugada de segunda-feira. "Já se sabe que o ferro utilizado no crime foi retirado da grade de uma janela e uma sindicância analisará as circunstâncias da morte", explica a diretora do ESF, Solimar Gouveia.

A sindicância será instaurada nos próximos dias pelo Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp), órgão responsável pelos educandários do estado, para apurar se houve alguma falha ou negligência por parte da administração ou de educadores do ESF que tenha facilitado a ocorrência do assassinato. O governador Roberto Requião afirma que pode ter havido falha na fiscalização, mas lembra que os educandários do Paraná são os melhores do país. "Estamos construíndo unidades modelos. Cada criança custa R$ 4,5 mil por mês", diz.

O inquérito policial é conduzido pela Polícia Civil de Piraquara. Os outros 11 jovens que também estavam na primeira acomodação da ala A, quando o crime ocorreu, foram ouvidos ontem. "É difícil saber qual o motivo do crime porque os adolescentes se fecham e mantêm o que aconteceu lá dentro em segredo", conta o escrivão Marco Aurélio Santana.

O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Roque Zimmermann, ainda mantém a hipótese de que Diego tenha sido morto por encomenda. No entanto, a polícia não descarta a possibilidade de uma discussão ser o motivo do crime.

Com o objetivo de avaliar riscos e evitar novas ocorrências, a direção do educandário suspendeu ontem as aulas e oficinas. As atividades devem voltar ao normal ainda nesta semana.

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