• Carregando...

O jovem Sérgio Ferreira, 24 anos, foi morto na madrugada deste domingo (1º) com dois tiros na cabeça, dentro do Parque dos Tropeiros, em Curitiba. O parque abrigava o 1º Rodeio Crioulo Nacional, organizado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e reuniu nos últimos três dias cerca de 500 pessoas.

O assassinato ocorreu de madrugada, por volta das 2h10 da manhã, quando Sérgio foi atingido por dois tiros na cabeça. Durante o rodeio, os participantes fazem acampamentos no parque.

De acordo com o coordenador do rodeio, Marcos Barreto, o crime foi motivado pela falta de segurança no local. "Não tem nada a ver com nosso evento. É briga de gangue. Eles entram de noite. Mas nunca tinha acontecido nada tão grave. O MTG quer pedir a interdição do parque", diz.

Falta de segurança

O Parque dos Tropeiros existe desde 1994 e foi criado para homenagear o ciclo histórico do tropeirismo no Paraná. Possui área de 174 mil metros quadrados e fica localizado na Cidade Industrial de Curitiba, entre as vilas Sabará e Caiuá, regiões de alto índice de violência. É administrado pela prefeitura municipal de Curitiba.

De acordo com o coordenador do rodeio, que ocorreu durante o fim se semana, há alguns anos integrantes das gangues de vilas próximas ao parque entram nos rodeios e cometem pequenos furtos. "Sempre pedimos a presença da polícia e não tem jeito. Como vamos trazer nossas famílias pra cá?", questiona.

Os participantes do MTG ainda reclamam de vandalismo. Até mesmo a casa que funcionava de abrigo para a polícia está depredada, sem contar com cercas externas que foram arrancadas. "Até vaso sanitário dos banheiros foi levado. Nem chuveiros podemos deixar durante à noite que some", diz Celso Trevisan, que veio de Ponta Grossa para participar do rodeio.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba informou que o evento é particular e não houve a solicitação da presença da guarda municipal no local. Ainda de acordo com a assessoria, são feitas rondas esporádicas no parque ou quando solicitado. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas ninguém atendeu o telefone até por volta das 19 horas deste domingo. Na Delegacia de Homicídios ninguém soube dar mais informações sobre o caso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]