Um menino de 14 anos que entrou na sala de cirurgia de um hospital de Belém para operar o punho na última segunda (30) e acabou voltando para casa com seis pontos no ombro direito.
Ian foi confundido com um paciente de nome parecido que esperava na fila para retirar pontos de uma cirurgia no ombro, segundo o Hospital Infantil Santa Terezinha.
No dia em que o jovem foi ao hospital, também estavam na fila dois meninos chamados Ruan e Rian, segundo o advogado do hospital, Clodomir Araújo.
Ele afirma que, no momento em que Rian foi chamado, a mãe de Ian confundiu-se e encaminhou o filho para a sala de cirurgia equivocadamente.
À TV local, Ian disse que, minutos antes de adormecer em razão dos anestésicos, chegou a alertar a equipe médica sobre o engano. O menino disse que foi ignorado.
"Lamentavelmente foi um grande engano que ocorreu. Uma falta de atenção [da equipe] aliada à pressa da mãe. Não posso dizer que houve erro do médico. Houve uma falha que deve ser apurada", afirmou o advogado do hospital.
O ortopedista Waldiney Dias da Silva, responsável pela cirurgia, chegou a fazer um corte superficial no ombro de Ian, mas não realizou cirurgia, segundo o advogado.
O médico percebeu que havia um engano e suturou o corte em seguida, segundo o advogado. Depois, foi realizada a cirurgia no punho de Ian para a retirada de um pino. Ao todo, o menino recebeu sete pontos no ombro e três no punho.
"Ele não terá sequelas em razão do corte, ficará uma pequena marca. Agora a polícia e o Conselho Regional de Medicina irão apurar se houve crime ou infração ética", disse o advogado.
Araújo diz que o menino não disse a verdade à TV local, porque não tinha condições de raciocinar e alertar a equipe depois de ter recebido a anestesia. A reportagem não conseguiu encontrar a mãe de Ian nem o ortopedista.
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