Se a presença espontânea de jovens nos cemitérios no Dia de Finados parece ser cada vez mais rara, as homenagens aos entes queridos em sites de relacionamento como o Orkut se tornaram uma verdadeira febre. Há comunidades dedicadas a pessoas falecidas, como a In Memoriam (1.100 membros) e a Descansem em Paz, que ajudam a localizar os perfis de gente que já morreu. Funciona assim: aqueles que conhecem alguém recém-falecido e que tenha conta no Orkut postam o link para a página dele nos tópicos. Dessa forma os interessados têm como localizá-la. Essas comunidades funcionam como uma espécie de "cemitério virtual".
Só a página do arquiteto Bruno Pizzatto, 26 anos, morto no último dia 25 de setembro, ao cair do 22.º andar do hotel em que estava hospedado em Belo Horizonte, tem centenas de mensagens deixadas por familiares, amigos e até desconhecidos condoídos com a tragédia. Na maior parte delas, os remetentes escrevem como se estivessem conversando com o rapaz, da mesma maneira que faziam quando ele estava vivo.
A discrição e o silêncio típicos da forma tradicional de lembrar os mortos nos cemitérios são substituídos por manifestações públicas e personalizadas de pêsames, o que resulta em uma maneira muito peculiar de expressar a dor e um termômetro da popularidade da pessoa que partiu. (LP)
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