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Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial | MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO
Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial| Foto: MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO

Curitiba – A largada é hoje, à meia-noite. Seiscentos jovens curitibanos viajam em 12 ônibus e carros particulares para participar amanhã do encontro com o Papa Bento XVI, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. No total, 35 mil pessoas do Brasil e de outros países da América Latina estão credenciadas para o evento. Outros 30 mil católicos devem assistir aos discursos do Papa na Praça Charles Muller, no lado externo do local, por meio de telões.

A programação será árdua. Os portões do Pacaembu estarão abertos entre 11 e 17 horas. Enquanto os jovens se acomodam, grupos musicais e de oração farão apresentações. O Papa estará com eles entre 18 horas e 20 horas. Depois, a organização da visita do Papa acredita que muitos se dirigirão até o Campo de Marte para passar à noite em vigília até sexta-feira, quando ocorrerá a canonização do Frei Antônio de Sant’ Ana Galvão, o primeiro santo brasileiro.

"Os jovens estão conscientes da importância da viagem e animados com a oportunidade de ver o Papa", afirma o padre Alexsander Cordeiro Lopes, 29 anos, coordenador da Comissão Juventude, em Curitiba.

"Queremos que os jovens voltem animados para evangelizar. E também a ajudar amigos que não estejam bem, envolvidos com drogas ou desanimados", completa. De acordo com o sacerdote, os fiéis da caravana de Curitiba usarão camisetas amarelas e as cadeiras "laranjas" no Pacaembu.

O Papa, ao manter o discurso tradicional da Igreja e defender temas polêmicos como a proibição do sexo fora do casamento, a união homossexual ou o uso de camisinhas, não decepciona a juventude bem intencionada. Essa é a opinião de Xenócrates Amon Mello, 23 anos, estudante de Ciência da Computação da UFPR, um dos coordenadores da pastoral da juventude na diocese de Curitiba. "Quem estuda os argumentos da Igreja percebe que o Papa não fala de negações, mas de amor verdadeiro, de não usar o sexo apenas de forma utilitarista e vazia. É uma visão mais profunda, a Igreja valoriza a vida", acredita.

João Paulo II

Helena de Mendonça, 19 anos, estudante de pedagogia da UFPR, concorda com a idéia. Ela lembra ainda que, quando era pequena, não pode ver o Papa João Paulo II no Rio de Janeiro. "Sempre quis estar perto do Papa e essa será uma boa oportunidade", diz. Diante da pergunta sobre o que espera da visita de Bento XVI, Helena não titubeia. "Espero sair mais animada para ser uma pessoa melhor", diz.

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