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Jardim Sabará, na CIC: predominância de casos envolvendo drogas e bebida | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Jardim Sabará, na CIC: predominância de casos envolvendo drogas e bebida| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
  • Veja tabela com a variação dos assassinatos entre 2008 e 2009

Além da tipificação, o perfil das vítimas dos crimes relacionados nos boletins do Instituto Médico-Legal de Curitiba mostrou que jovens, entre 12 e 18 anos de idade, são os mais atingidos. Em 2009, 148 pessoas nesta faixa etária foram assassinadas, na maioria das vezes, por arma de fogo, contra os 86 de 2008. Janeiro, setembro (17) e novembro (14) foram os meses mais perigosos para os jovens.

O dado confirma o resultado do Mapa da Violência, da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, publicado em julho do ano passado, baseado em estatísticas de 2008. Para o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, que elaborou o estudo, o Paraná está entre os estados em que mais têm crescido os índices de violência, na última década, principalmente entre os jovens.

Dados de 2006, usados na elaboração da edição anterior do Mapa da Violência, apontavam que entre 2003 e 2006, o estado teve um aumento de 124,8% no número de homicídios. No mesmo período, o índice do país cresceu 26,4%. Por faixa etária, o quadro é pior. O estado teve seis vezes mais casos de mortes entre 15 e 19 anos do que a média nacional. Em 2003, foram 163 casos. Em 2006, os índices apontaram 548 crimes contra adolescentes.

Os números de 2009 poderiam ser maiores, caso todos os boletins do IML trouxessem in­­formações completas das vítimas, como nome, local de procedência, sexo, idade e apuração preliminar da causa morte, entre outros. No mês de janeiro de 2009, por exemplo, dos 163 boletins, 111 não traziam a idade da vítima. Conforme o sociólogo, a sub-notificação sempre foi um problema do Paraná.

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