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Depois de vencer em duas instâncias no processo que move contra a fiscal de trânsito Luciana Silva Tamburini, a quem deu voz de prisão por ela ter dito que ele "não é Deus", o juiz João Carlos de Souza Correa obteve nova vitória na Justiça – desta vez contra o jornal O Globo. No caso de Tamburini, que mandou rebocar o carro do juiz que estava sem carteira de habilitação e com veículo sem placas, a indenização obtida foi de R$ 5 mil.

Já o jornal O Globo foi condenado pela juíza Lindalva Soares Silva, da 11.ª Vara Cível do Rio, a pagar R$ 18 mil por ter publicado em sua capa de 17 de fevereiro de 2011 que Correa dera voz de prisão a funcionários da empresa Ampla que foram à casa dele cortar o fornecimento de energia por falta de pagamento. O juiz pleiteava R$ 100 mil. Cabe recurso da decisão.

A matéria de 2011 se referia a fatos de 2006 e foram divulgados no contexto de outras confusões em que o juiz teve participação, como o uso irregular de giroscópio (sinalizador luminoso) no veículo que dirigia (em 2009), e desentendimentos com turistas em Búzios, onde Correa atuava (2011). Segundo a juíza, a linguagem adotada pelo jornal na capa não havia sido adequada. A chamada de primeira página dizia "Juiz dá calote e tenta prender cobrador".

Na sexta-feira, a OAB-RJ pediu o afastamento de Correa, em petição ao Conselho Nacional de Justiça e ao Tribunal de Justiça. Em resposta, a Associação dos Magistrados Brasileiros emitiu nota : "É lamentável que a OAB tente explorar uma conduta isolada, que compõe um processo ainda em andamento na Justiça, para promover o linchamento moral dos magistrados, atitude que em nada contribui para o aprimoramento do Judiciário Brasileiro".

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