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Ponta Grossa – A estudante Arielly Elomari Carneiro Rodrigues, 18 anos, e o marido Cristiano Aparecido da Costa, 23 anos, moradores de Castro, nos Campos Gerais, conseguiram finalmente, ontem, a certidão de nascimento do filho Lehgolaz Rodrigues da Costa, que completou três meses de idade no último dia 7. Desde o nascimento do menino, o casal brigou em cartórios e na Justiça para manter o nome, que é inspirado num dos elfos da trilogia cinematográfica O Senhor dos Anéis. A resistência, até então, era baseada em lei federal que evita expor a criança a nomes estranhos.

Diante da recusa do cartório local, dada ainda em janeiro, Arielly procurou outro na zona rural de Castro, mas o registro também foi negado. No último dia 10, a estudante procurou novamente o cartório e pediu que a sua vontade fosse levada à Justiça. Na manhã da última segunda-feira, o Fórum de Castro autorizou o registro e emitiu o parecer para o cartório. Arielly foi avisada da permissão e, ontem à tarde, retornou ao cartório e pôde confeccionar o documento com o nome originalmente proposto.

"Agora finalmente eu estou tranqüila porque consegui a certidão", afirma a mãe de Lehgolaz, que até então tinha como documento do garoto apenas a carteira de vacinação. Desde o nascimento do menino, ela não pôde viajar com ele devido à falta do documento.

Desde 1973 está em vigor no Brasil a lei federal 6.015, que permite que os cartórios recusem o registro de crianças com prenomes que possam expô-las ao ridículo. A autorização, no entanto, pode ser dada por um juiz. Se Lehgolaz não gostar do seu nome, quando crescer, um ano depois de completar 18 anos pode alterar o seu registro. A possibilidade é estipulada pela própria lei 6.015.

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