Cara Marie Burke estava no Brasil desde maio| Foto: Reuters

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, autorizou, nesta quarta-feira (29), a realização de exames de insanidade mental e de dependência toxicológica em Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos. Ele é acusado de assassinar a jovem inglesa Cara Marie Burke, no fim de julho deste ano, em Goiânia.

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Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, para evitar atrasos no processo, os exames só poderão ser feitos após a instrução e julgamento, marcada para 19 de novembro.

A decisão foi tomada depois de audiência realizada hoje com Mohammed, sobre sua suposta dependência de drogas e problemas mentais. "A Constituição Federal prevê a amplitude da defesa. Então, os exames serão feitos para que, depois, não se alegue que houve cerceamento da defesa", disse o juiz.

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Os exames serão feitos pela junta médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e terão prioridade de execução, pois Mohammed está preso.

Denúncia

Alcântara recebeu, em 15 de setembro, a denúncia formulada pelo Ministério Público (MP) contra Mohammed e Cristiano Cardoso Silva. Mohammed é acusado de homicídio qualificado (motivo fútil e utilizando-se de emboscada), destruição e ocultação de cadáver e corrupção ativa, enquanto Cristiano responde por ocultação de cadáver.

Ainda segundo a denúncia, a motivação de Mohammed seria o temor de que Cara não cumprisse acordo de casamento feito na Inglaterra, onde eles se conheceram. Com o objetivo de obter sua cidadania inglesa, ele propôs a Cara pagar sua passagem para o Brasil, desde que se casasse com ele.

Os dois chegaram a viver juntos, sem qualquer relacionamento amoroso, até a vítima se mudar para outro bairro. A garota estaria com medo de Mohammed devido ao seu envolvimento com drogas.

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Mohammed está preso desde 31 de julho na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia. Segundo informações da polícia, ele confessou o assassinato. A última parte do corpo da vítima, esquartejado pelo assassino, foi encontro em 4 de agosto deste ano.

A Polícia Civil de Goiânia concluiu o inquérito sobre a morte e esquartejamento da jovem inglesa em 3 de setembro. O documento tem 281 páginas e apresentou depoimentos, provas materiais e periciais sobre a morte da garota.

Entenda o caso

A jovem foi morta e esquartejada no final de julho e o tronco de seu corpo foi encontrado dentro de uma mala às margens de um rio em Goiânia na segunda-feira seguinte ao crime. As outras partes foram encontrada dias depois na região do Ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis (GO).

As partes do corpo de Cara Burke continua no Instituto Médico Legal (IML). A família aguarda liberação pela Justiça. Por meio da embaixada britânica no Brasil a família da jovem manifestou o desejo de que o corpo seja enviado, do jeito que está, para que ser enterrado em Londres.

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