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Em junho de 2007, um caso ocorrido na Justiça trabalhista paranaense chamou a atenção de todo o país: o juiz do Trabalho Bento Luiz de Azambuja Moreira, da 3ª Vara do Trabalho de Cascavel (no Oeste do estado), cancelou uma audiência porque o reclamante usava chinelo de dedos, "calçado incompatível com a dignidade do Poder Judiciário", segundo o magistrado. Depois de ter sua atitude repudiada por diversas entidades e pelo próprio Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná, o magistrado, em julho de 2007, reconheceu o erro e ofereceu um par de sapatos ao trabalhador em nova audiência – que, usando um calçado do sogro, não aceitou a oferta.

A Corregedoria Regional do Tribunal chegou a propor a instauração de processo administrativo disciplinar contra o juiz – o que, efetivamente, não ocorreu (faltaram votos dos desembargadores para a abertura do processo). Assim, em maio do ano passado, o corregedor-geral da Justiça do Trabalho – e membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) –, João Oreste Dalazen, determinou o encaminhamento do caso ao CNJ. Segundo o conselheiro do CNJ Paulo Lôbo, contudo, a questão não chegou a ser debatida pelo Conselho, porque foi resolvida no âmbito do TRT do Paraná. A solução? Além de uma reprimenda, uma remoção: em março deste ano, o juiz deixou Cascavel para cuidar da 1ª Vara do Trabalho de Foz do Iguaçu.

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