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O juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André (ABC), recebeu nesta terça-feira (27) a denúncia contra o ajudante de produção Lindemberg Alves, de 22 anos , acusado de seqüestrar e matar a ex-namorada, Eloá Pimentel e de tentar matar a estudante Nayara Silva. Além do rapaz, o promotor que atua no caso, André Antonio Nobre Folgado, denunciou o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, os réus têm um prazo de dez dias para responder às acusações por escrito a partir do momento em que forem citados. Na sexta-feira (24), o promotor disse acreditar que há chance de o seqüestrador ser levado a júri popular em até um ano.

Lindemberg foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação a Eloá; tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) com relação a Nayara, e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) em relação ao sargento da Polícia Militar contra quem Lindemberg atirou.

Além disso, o promotor denunciou o rapaz cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos outros dois menores mantidos reféns no primeiro dos cinco dias do seqüestro. Ele também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo.

Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá, também foi denunciado por posse de arma com numeração raspada (no caso, uma espingarda calibre 22) e falsidade ideológica em documento público.

Ex-cabo da PM, Santos é procurado em Alagoas por ter cometido pelo menos quatro crimes, entre eles homicídio, na década de 90, quando integraria a "gangue fardada". Ele utilizava o nome falso de Aldo José da Silva para ocultar sua identidade.

O pai de Eloá está foragido. Ele nega o crime e diz que não se entrega à polícia com medo de ser morto. Ele é considerado, segundo policiais de Alagoas, o criminoso mais procurado do Estado.

Denúncia na ouvidoria

A Ouvidoria das Polícias de São Paulo recebeu duas denúncias nesta segunda-feira referentes a Lindemberg. A primeira denúncia foi feita pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe). O conselho pede que a Ouvidoria investigue possíveis agressões a Lindemberg quando ele já estava rendido pelos policiais e desarmado.

A segunda denúncia, de acordo com o ouvidor, foi anônima e diz respeito à exposição do seqüestrador na televisão durante entrevista enquanto ele estava na delegacia. "Foi uma entrevista que, na verdade foi uma exposição. Ele estava seminu", reclama o ouvidor.

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