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O juiz Fernando Swain Ganem, da Vara Criminal de Colombo, diz que o número de réus, com vários advogados, e uma investigação complexa, com muitos documentos, interceptações telefônicas e longa instrução, fizeram com que a análise do processo da Operação Fênix demorasse tanto tempo. De acordo com o magistrado, ele preferiu não dividir os réus em processos separados porque todos estariam interligados e os fatos do caso tinham conexões. Para ele, a separação prejudicaria o processo. Ganem afirma ainda que não ficou mais de dois meses com o processo finalizado nas mãos para sentenciá-lo. O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) teria concedido o habeas corpus (HC) antes que ele pudesse concluir o caso.

Ganem substituiu a juíza Mila Aparecida Alves da Luz, que conduziu a instrução ao longo da ação. Ela foi transferida para Curitiba, no início do ano passado. O magistrado alega que a Vara de Colombo tem mais de 6 mil processos, com cerca de 200 reús presos e que são ouvidas entre 100 e 200 pessoas por mês. "Tem audiência todo dia, de manhã e de tarde", ressalta.

Sobre a sensação de impunidade que a demora da sentença gera, o juiz desconversa. "Todo caso que tem excesso de prazo acaba gerando essa sensação. É complicado para a gente, que está aqui todo dia, debruçado sobre os processos, fazendo andar, fazer uma crítica da gente próprio", afirma. O magistrado acredita que foros regionais como Colombo não têm estrutura. Porém, Ganem explica que o presidente do TJ-PR, desembargador Celso Rotoli de Macedo, tem trabalhado para sanar o problema.

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