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Numa atitude inédita no Judiciário fluminense, 76 juízes federais de primeira instância requereram ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 2.ª Região (Rio e Espírito Santo) investigação sobre o comportamento dos desembargadores José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo de Siqueira Regueira, processados no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta da Operação Hurricane (Furacão, em inglês) da Polícia Federal. Eles são acusados de negociarem decisões judiciais a favor da máfia dos jogos no Rio.

A 2.ª Região tem 200 juízes, mas alguns, como Lana Regueira, mulher de Regueira, não foram procurados. Outros temeram assinar o documento entregue há 15 dias. Nele, os magistrados se solidarizam com a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6.ª Vara Federal, que foi ameaçada em conversa dos desembargadores denunciados. Segundo afirmam, "embora as supostas ameaças tenham sido dirigidas a uma única magistrada, as referências atingem a todos".

As gravações da Polícia Federal, em outubro, mostram que Carreira Alvim, ao descobrir grampo nos seus telefones, achou que tinham sido pedidos pela juíza e comentou com alguém no seu gabinete: "O negócio é eliminar a Ana Paula". Ao contar a suspeita para Ricardo Regueira, ouviu dele: "Ela é uma f. d. p."

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