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Os magistrados da Justiça Federal e do Trabalho programaram para hoje uma paralisação de suas atividades em todo o país. Segundo a Associação Nacional dos Magis­­trados da Justiça do Trabalho (Ana­­matra), cerca de 20 mil audiências serão remarcadas. Já na Justiça Federal, as ações urgentes, criminais, as que tratam de aposentadorias e de fornecimento de remédios pelo SUS serão poupadas do protesto, de acordo com a Associação dos Juízes Federais (Ajufe).

Os juízes do Trabalho prometem fazer protestos em diversas cidades. Além de aumento salarial, a categoria formada por cerca de 3,6 mil juízes reclama da falta de segurança e do que chamam "desvalorização da carreira". "Não gostaríamos de ter chegado a esse ponto, mas não temos alternativa diante do impasse institucional entre os poderes", diz o presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna.

O desentendimento entre Judiciário e Executivo teve início quando as previsões de receitas e gastos do ano que vem do governo foram enviadas ao Congresso sem as propostas de reajustes da Justiça. De acordo com o dirigente, a paralisação deve acontecer mesmo com a decisão do Conselho Supe­­rior da Justiça do Trabalho (CSJT) de cortar o ponto de juízes e servidores grevistas. Sant’Anna diz que os magistrados estarão nos fóruns para casos urgentes. Para ele, a decisão do CSJT não se aplica aos juízes. É a primeira vez que os magistrados do Trabalho fazem esse tipo de protesto.

Já a paralisação dos juízes federais é organizada pela Ajufe, que diz representar cerca de 2 mil magistrados. Em abril, a categoria já havia feito uma paralisação. "Nos últimos seis anos, os juízes acumulam perdas inflacionárias nos seus subsídios de mais de 30%, tendo recebido no período apenas 8% na revisão destes", afirma o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.

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