O julgamento do acusado de matar o rapper Mauro Mateus dos Santos, mais conhecido como Sabotage, foi suspenso na noite desta segunda-feira (12), por volta das 22h30.
A decisão foi tomada pela juíza Fabíola Oliveira Silva, da 1ª Vara do Júri, que preside a sessão. Antes, Sirlei Menezes da Silva foi ouvido e negou que tenha sido o responsável pelo assassinato.
Ele começou a ser ouvido por volta das 20h40. Durante o depoimento, afirmou que no dia do crime estava com a mãe em um hospital no Tatuapé, na Zona Leste da capital. Segundo o acusado, ela precisou ser internada naquela data.
No dia seguinte, ele dissse que acordou cedo e fez o trajeto Suzano-Brás-Bresser, de trem e metrô, e só ficou sabendo da morte do rapper por volta das 14h.
Após a oitiva, foi feito um recesso e o julgamento foi finalmente suspenso. Ele será retomado nesta terça-feira (13), às 9h30.
Antes do acusado, quatro testemunhas prestaram depoimento. Umas delas, considerada sigilosa, disse ter visto Sirlei Menezes da Silva comemorando o assassinato em uma favela após o crime.
O plenário onde acontece o júri, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, teve de ser esvaziado para preservar a identidade dessa testemunha. Além dela, outras três pessoas foram ouvidas, incluindo um investigador de polícia e um vizinho do acusado.
Sirlei Menezes da Silva é acusado de matar o músico em 24 de janeiro de 2003, na Zona Sul da capital paulista.
O julgamento, que teve início às 15h, chegou a ser marcado para o dia 28 de abril, mas foi adiado, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, em razão da ausência de uma testemunha.
Quatro homens e três mulheres foram selecionados para compor o júri na tarde desta segunda. Uma ds testemunhas foi dispensada. A juíza Fabíola Oliveira Silva, da 1ª Vara do Júri, preside a sessão.
Sabotage foi assassinado a tiros na Avenida Abraão de Morais, no bairro Bosque da Saúde. Ele tinha 29 anos na época. Cantor e compositor nascido em uma favela paulista, Sabotage compôs muitas músicas de cunho social, falando sobre drogas, violência e criminalidade. Sua estreia no cinema foi no filme "O Invasor", de Beto Brant.
Também incorporou o personagem Fuinha em "Carandiru", longa de Hector Babenco, que estreou meses depois da morte do rapper. O papel dele era de um detento viciado em drogas.
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