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Brasília – O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, ameaça entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Polícia Federal (PF). Ele reclama que, até agora, a CPI não recebeu oficialmente o relatório parcial das investigações policiais sobre a tentativa de compra por petistas de um dossiê contra políticos tucanos. Na ação judicial, seria pedido que a PF enviasse o documento imediatamente à comissão.

"Isso configura um crime e um verdadeiro desrespeito ao nosso trabalho. Estamos diante de um caso de obstrução da investigação por parte da Polícia Federal. Eles não nos enviaram nenhuma folha de papel. O relatório que eu tenho aqui foi me entregue pela imprensa. Nem sei se é verdadeiro", acusou o deputado.

Já a PF diz que o juiz da 2.ª Vara Federal de Cuiabá (MT), Jeferson Schneider, orientou a instituição a não repassar dados da investigação diretamente à CPI dos Sanguessugas. Segundo a assessoria, a CPI deve pedir ao juiz as informações, que só seriam entregues ao presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).

Jungmann anunciou que apresentará a sugestão ao presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-SP). Caberá a Biscaia decidir entrar com a ação, em nome da comissão. O parlamentar também deverá propor que a CPI se reúna hoje para discutir sobre a possibilidade de não interromper o trabalho durante a semana. Jungmann quer que alguns investigados prestem depoimento antes do segundo turno", entre eles, Abel Pereira, que é ligado ao ex-ministro da Saúde, José Serra.

O vice-presidente da CPI também reclamou que o relatório da PF foi vazado à imprensa antes mesmo de chegar às mãos dos parlamentares da comissão. Ele ressaltou que o documento divulgado está incompleto, pois não traz os anexos com as transcrições de conversas telefônicas gravadas e cruzamentos de da-dos obtidos com quebras de sigilo.

"Foi vazado só o que era de interesse?", questionou.

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