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O funcionário público Orlando Carlos Genol da Rocha, acusado de matar a esposa Ane Mari Gubertapós uma discussão dentro de um apartamento no bairro Água Verde, em Curitiba, no ano de 2010, foi absolvido no julgamento ocorrido no Tribunal do Júri da capital. A decisão foi proferida na madrugada desta terça-feira (25).

Em decisão apertada, quatro dos sete jurados consideraram que não houve assassinato da funcionária pública encontrada morta no imóvel, na Rua Rio Grande do Sul. Na sentença, os jurados consideraram, por maioria, que houve suicídio. O Ministério Público (MP) do Paraná considerava Rocha como autor de um tiro que atingiu a nuca da vítima. Os advogados de acusação do caso devem recorrer ainda esta semana da sentença.

A família da vítima afirmava que soube após o fato que a mulher tinha constantes brigas com o marido desde seis meses antes da morte. A causa dos desentendimentos e da morte, segundo a família, seria um relacionamento extraconjugal que Rocha teria e que foi descoberto por Ane. A acusação defendeu que houve violência contra mulher, além do crime de homicídio doloso.

Durante o julgamento, os membros das duas famílias compareceram ao Tribunal do Júri vestidas com camisetas - os familiares de Ane pedindo Justiça e os de Rocha dizendo que o acusado é inocente.

Segundo o advogado da família de Ane, Raphael Taques Pilatti, a acusação vai entrar com o pedido de recurso no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná ainda nesta semana. "As provas periciais apontaram que não houve suicídio e mesmo assim ele (Rocha) foi absolvido. Estamos estudando ainda a melhor forma para entrar com o recurso", diz. Na tarde desta terça, o advogado confirmou que já tinha protocolado recurso na Segunda Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.

Suicídio

Rocha respondeu ao inquérito policial e ao processo no Judiciário em liberdade. Segundo o advogado dele, Michel Knolseisen, a alegação da defesa foi a de que Rocha tentou evitar o suicídio de Ane. "Desde o início do inquérito a versão dele foi a de que ele tentou evitar o suicídio. No momento do tiro ele tentou tomar a arma dela e houve um problema na angulação do revólver e a bala acabou atingindo a cabeça dela, um pouco acima da orelha", diz o advogado.

A defesa ainda usou, como provas, depoimentos de médicos legistas e professores de universidades para apresentar a versão de que, tecnicamente, não poderia ter ocorrido um homicídio doloso.

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