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O acusado pelo assassinato do escritor Wilson Bueno, Cleverson Petreceli Schmitt, foi absolvido na madrugada desta terça-feira (1º) em julgamento ocorrido no Tribunal do Júri, em Curitiba. A votação foi de quatro votos a três.

Bueno foi encontrado morto em sua casa, no bairro Tingui, em maio de 2010, após sofrer um golpe de faca no pescoço. Em junho do mesmo ano, a Polícia Civil prendeu Schimitt em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele confessou a autoria do crime na delegacia.

Um dos advogados de defesa do réu, Jean Carlo da Silva, conta que o dia foi muito tumultuado e exaustivo, e que julgamentos assim sempre trazem as emoções "à flor da pele". Ainda assim, segundo ele, os jurados entenderam que o réu deveria ser absolvido, então o defensor acha que não cabe recurso por parte da promotoria, pelo princípio de soberania do júri.

Procurado, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que estuda a prova técnica do julgamento para analisar a possibilidade de impetrar um recurso.

Conforme o delegado que investigou o caso na época – e colheu a confissão do acusado, Silvan Rodney Pereira, o motivo para o assassinato foi o cancelamento de um cheque de R$ 130 entregue pelo escritor à Schmitt, que era garoto de programa e tinha então 19 anos. De acordo com a investigação da Polícia Civil, o réu ficou irritado por não conseguir retirar o dinheiro e foi tirar satisfações com o escritor.

Bueno é autor de 13 obras publicadas no Brasil, México e Argentina. Ele também foi o criador do jornal cultural Nicolau.

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