Por unanimidade, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, no início da noite desta segunda-feira (17), aceitar a denúncia contra seis suspeitos de participação na milícia que age em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, denominada Liga da Justiça. Entre os acusados está o deputado estadual Natalino Guimarães.
A sessão durou cerca de uma hora e, depois de ouvir os promotores e os advogados de defesa, os desembargadores apresentaram a votação. Por 21 votos a zero, os réus foram denunciados por formação de quadrilha e resistência qualificada.
Além de Natalino, foram denunciados o ex-PM Luciano Guimarães, sobrinho do parlamentar; Júlio César Pereira da Costa, assessor de Natalino; o cabo da PM Rogério Alves de Carvalho; Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo; e o PM Moisés Ferreira Maia. Todos negam as acusações.
Eles serão levados para a penitenciária federal de Campo Grande (MS), onde já estavam presos.
Natalino deve renunciar, diz vereadora Carminha
A vereadora eleita Carminha Jerominho disse que o seu tio, Natalino, deve renunciar ao mandato de deputado estadual nos próximos dias. Com isso, ele perderia o foro especial e o caso seria transferido para a primeira instância do TJ, onde um juiz analisaria a denúncia do Ministério Público novamente.
A segurança foi reforçada com 21 policiais militares do Batalhão de Operações Especiais e o apoio de dois carros blindados para escoltar os presos.
Natalino foi preso em julho deste ano, em sua casa, em Campo Grande, no Rio, durante uma reunião com supostos integrantes da milícia. Ele foi afastado do cargo de inspetor da Polícia Civil com a acusação de ser o líder do grupo junto do irmão Jerônimo Guimarães, o vereador Jerominho (PMDB).
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