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A Justiça Federal em Parana­guá aceitou parcialmente, na tarde de ontem, a denúncia do Ministério Público Federal contra a tripulação do navio Seref Kuru. O comandante do navio, Coskun Çavdar e cinco marinheiros vão continuar sob liberdade vigiada em um hotel da cidade e irão responder à ação penal. Os outros 13 tripulantes estão livres das acusações e já podem retornar a seus países de origem. No final de semana, a procuradora federal Antonia Lélia Neves Sanches denunciou os 19 tripulantes (17 turcos e dois georgianos) por crimes de tentativa de homicídio, tortura e racismo, com base em denúncia do clandestino camaronês Wilfred Happy Ondobo, que diz ter sido torturado e jogado ao mar.

Na decisão, o juiz federal Vicente de Paula Ataíde Júnior recebeu a denúncia por tortura e racismo contra o marinheiro de convés, Orhan Satilmis, apontado pelo clandestino como seu agressor, durante uma sessão de reconhecimento. Coskun Çavdar também irá responder pelo crime de tortura, por ser responsável pelos atos da tripulação. Satilmis, Çavdar e os marinheiros Ihsan Sonmezocak, Mamuka Kirkitadze, Zafer Yildirim e Ramzan Ozdamar também responderão por tentativa de homicídio multiplamente qualificada. Os seis continuarão hospedados em um hotel de Paranaguá sob liberdade vigiada, até o pronunciamento do juiz.

Possibilidade de júri

Com a presença dos acusados em Paranaguá, há previsão que o período de instrução do processo ocorra no prazo de 90 dias. Neste período a Justiça deve optar pela absolvição sumária ou envio dos réus para julgamento. Se forem levados a júri popular, será a primeira vez que haverá um tribunal de júri federal em Paranaguá.

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