R$ 400 mil
seria o valor supostamente cobrado por funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Pato Branco para liberar uma licença ambiental.
Uma decisão judicial determinou o afastamento de três funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) devido a indícios de corrupção no Sudoeste do estado. Gravações mostraram o diretor da regional de Pato Branco, Silvio Hasse, o fiscal do meio ambiente na mesma cidade, Milton Luiz Zucchi, e o diretor da regional de Francisco Beltrão, José Wilson de Carvalho, supostamente pedindo propina para a liberação de licenças ambientais.
A investigação partiu de denúncia apresentada pelo empresário Ulisses Viganó Junior, que tenta, há dois anos, aprovar um loteamento no bairro Cadorin, em Pato Branco. Ele conta que inicialmente recebeu proposta para pagar R$ 700 mil pela licença. Como teria se recusado, o processo foi negado. Na sequência, o valor teria baixado para R$ 400 mil. O empresário passou a gravar as conversas tanto as trocas de mensagens pela internet, como as ligações telefônicas e os encontros presenciais e repassou o material à polícia.
O delegado Rômulo Ventrella conduziu as investigações e pediu a prisão dos funcionários do IAP. A solicitação foi negada pelo juiz Eduardo Saoro, que aceitou apenas afastar do trabalho os citados.
O delegado conta que a investigação já dura três meses e que surgiram ao menos outras duas denúncias de pedido de propina. O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, afirma que comunicou a Secretaria de Segurança Pública assim que recebeu a denúncia. Ele relata a existência de, ao menos, seis sindicâncias em andamento na regional de Pato Branco.
O diretor da regional do IAP em Pato Branco, Silvio Hasse, negou as irregularidades. Ele disse que está há apenas 60 dias no cargo e que não teve contato com o processo envolvendo o loteamento de Viganó Junior. Ele insinuou que o afastamento seja uma retaliação devido a flagrantes que estaria preparando.
Milton Zucchi e José Wilson de Carvalho não foram localizados ontem.
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